PF aponta tripulantes de traineira como culpados de naufrágio

A Polícia Federal (PF) pretende entregar a conclusão do inquérito sobre o naufrágio da traineira Costa Azul , na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, na próxima terça-feira (14). Segundo o delegado Carlos Pereira, que investigou o caso, o relatório deve apontar tripulantes como os responsáveis pelo acidente, que matou oito pessoas depois do choque com o cargueiro Roko , em outubro.

“Houve falha humana, não há falha mecânica registrado no Costa Azul. A traineira fez uma mudança brusca de rota e cortou o caminho do navio Roko. O cargueiro chegou a retroceder a trajetória, mas não foi capaz de impedir o impacto”, contou Pereira. De acordo com ele, a PF vai sugerir à Justiça Federal que encaminhe o processo à Justiça Estadual por se tratar de embarcação de pequeno porte.

O mestre-arrais da traineira Costa Azul, Luiz Veríssimo Istanis, responsável por conduzir a embarcação, morreu na tragédia. As investigações ficaram com a PF porque o cargueiro é estrangeiro, das Bahamas. Se a Justiça ratificar o inquérito e isentar de culpa o Roko, ele pode passar para Polícia Civil.

Relembre o caso O acidente ocorreu na noite do dia 17 de outubro, quando o cargueiro Roko, vindo de Itajaí (SC) e que seguia viagem para a Ucrânia, bateu de frente na lateral esquerda da traineira Costa Azul. Na traineira, estavam o mestre-arrais, dois marinheiros e 12 mergulhadores da Tec Sub, que integra o consórcio que faz a manutenção do emissário submarino da Barra da Tijuca.

No momento da batida, quatro mergulhadores que estavam no convés foram jogados para fora do barco e sobreviveram. Oito pessoas, que estavam no interior da cabine do barco, no entanto, morreram.