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Internacional
Sábado - 11 de Novembro de 2006 às 14:37

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A Prefeitura da Filadélfia apresentou uma denúncia por "apologia ao crime" contra Paris e a cidade vizinha de Saint-Denis, por ter prestado homenagem ao jornalista negro americano Mumia Abu-Jamal, condenado à morte em 1982 pelo assassinato de um policial branco.

A informação, divulgada hoje pelo jornal "Le Parisien", foi confirmada também por uma fonte judicial francesa.

A Prefeitura da Filadélfia considera anormal que Paris tenha declarado Abu-Jamal como cidadão de honra e que Saint-Denis tenha dado seu nome a uma rua, segundo as fontes.

Uma delegação da Prefeitura da cidade americana deve vir a Paris em 15 dias para expor sua insatisfação, segundo a fonte judicial.

O próprio prefeito de Paris, Bertrand Delanoë, tinha assistido em outubro de 2003 a um ato na capital francesa a favor da abolição da pena de morte, no qual Abu-Jamal foi declarado cidadão de honra.

Delanoë dissera então que a nomeação de uma pessoa como cidadão de honra da capital francesa é um fato excepcional, já que o anterior tinha sido o pintor espanhol Pablo Picasso, em 1971.

Em abril passado, a Prefeitura de Saint-Denis inaugurou uma rua com o nome de Abu-Jamal, que se tornou um ícone da luta contra a pena de morte.

Este jornalista de rádio, conhecido como "a voz dos sem voz", militante contra o racismo e que se considera um preso político, sempre proclamou sua inocência no assassinato de Daniel Faulkner na Filadélfia, em 1981.

Em 1999, Arnold Beverly disse à Polícia que ele era o verdadeiro assassino do agente Faulkner, e disse que o crime tinha sido encomendado pela máfia.

Abu-Jamal vive há 24 anos no "corredor da morte" e sua execução foi evitada em duas vezes, 1995 e 1999, devido à mobilização de seus comitês de apoio.





Fonte: EFE

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