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Sábado - 11 de Novembro de 2006 às 11:10

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A personagem nem era tão grande. Mas o fato é que a novela O Profeta ainda não completou um mês e a perua Miriam, interpretada por Juliana Baroni e chamada de "Troféu" pelo seu marido na história, já faz muito sucesso junto ao público.

"Esse apelido pegou. Ando pelas ruas e todo mundo me chama assim", conta Juliana, surpreendida com a visibilidade do papel. Na trama, ela é casada com Alceu, interpretado por Nuno Leal Maia. Fidelidade ao esposo não é nem de longe um forte da moça, mas Alceu nem desconfia das "escapadas" da amada e a paparica na frente de quem for.

No decorrer do folhetim, Miriam vai cair ainda mais na boca do povo. Ela promete chocar a São Paulo dos anos 50, época em que se passa a história, com seu jeito atirado. Estão previstos "casos" da personagem com boa parte do elenco masculino de O Profeta.

"Vou ficar falada em meio aos personagens e em meio ao público", aposta a atriz, ao comentar sobre o comportamento "avançadinho" de sua personagem.

E a moça não exagera só no assédio em cima dos homens. O seu visual também é ousado. No começo isso causou um certo receio em Juliana, durante a composição da personagem. Depois ela percebeu que deveria mesmo incorporar o perfil caricato de Miriam. "Quando me vi no espelho com aquele figurino, aquela pinta, aquele cabelo, percebi que não dava para ser naturalista", explica a atriz.

A inspiração veio das "pin-ups", modelos que se tornavam famosas nas décadas de 40 e 50 em desenhos ou fotografias "sexy" afixadas em ambientes masculinos. A "pin-up" Marilyn Monroe foi uma das principais influências de Juliana. "A verdade é que a Miriam deseja ser uma Marilyn", justifica.

As mudanças de visual que a personagem pediu agradaram a atriz. "O cabelo ruivo casou muito bem com o papel", opina, afirmando que não tem o menor problema com mudanças. "Gosto de me ver diferente", acrescenta.

O fato do papel também ser bem diferente de tudo o que ela já tinha feito na TV, foi outro motivo de empolgação. "Já tinha participado de outras novelas em que a comédia era o forte. Mas Miriam é a minha primeira personagem puramente cômica", afirma.

Entre os trabalhos anteriores que Juliana coleciona na TV, estão duas novelas de Miguel Falabella. Salsa e Merengue, de 1996, e A Lua Me Disse, de 2005. A parceria com o ator e autor começou logo em sua estréia nas novelas. Foi em Cara e Coroa, de 1995, quando teve a oportunidade de contracenar com o veterano.

"O Miguel fazia um vilão e me seqüestrava. Quando gravamos a cena, ele disse que viu talento em mim", lembra-se com orgulho. Na história, quem interpretava a mãe de Juliana era Louise Cardoso. A atriz recorda com carinho das verdadeiras aulas que recebia de Louise e do diretor da trama, Wolf Maya. "Eles me ajudaram muito. Foram anjos que apareceram na minha vida profissional", exagera.

Além de ter também em seu currículo novelas como Uga Uga e Malhação, Juliana conta com uma experiência diferente na carreira: a participação em uma novela portuguesa. Em Senhora das Águas, produzida em 2002, ela e Oscar Magrini eram os únicos atores brasileiros incluídos no elenco.

A experiência de trabalhar em Portugal foi "maravilhosa", segundo ela. "Já queria morar um tempo fora. Também foi legal sentir a admiração que eles têm pelos atores brasileiros", conta sem esquecer de elogiar o ritmo de trabalho por lá, bem mais tranqüilo que no Brasil, embora as condições técnicas deixassem a desejar.

Baixinha da Xuxa Foi no programa Xou da Xuxa que Juliana Baroni passou a conhecer os mecanismos da televisão. Por cinco anos, ela foi paquita. Só quando teve a oportunidade de dividir o palco com a apresentadora, passou a acreditar que a TV não era um mundo tão distante quanto imaginava.

"Quando criança, em Limeira, no interior de São Paulo, trabalhar na TV parecia um sonho impossível de realizar", confirma. Mas aos 11 anos, a menina que montava um palco no quintal e brincava de teatrinho com o irmão se mudou para o Rio e começou a trabalhar.

O alto grau de exigência da diretora Marlene Mattos, que comandava a "trupe" de Xuxa na época, foi uma escola para que Juliana Baroni aprendesse a ser uma atriz disciplinada.

"Foi como paquita que aprendi a ter postura profissional. Cumpro meus horários, sou dedicada. Aprendi que isso não é mérito, e sim obrigação", enfatiza.

O fato de ter trabalhado com Xuxa, no entanto, não abriu portas para a atuação. Muito pelo contrário. Juliana confessa que sofreu preconceito por ter sido paquita, mas buscou seus objetivos sozinha, fez a Oficina de Atores da Globo e, no decorrer de Cara e Coroa, sua primeira novela, conseguiu mostrar que não queria brincar de ser atriz.

"Do início para o fim da novela, melhorei muito, apareci. Com meu empenho, a discriminação que existia no começo acabou", comemora.

Instantâneas # Quando filmou Sonho de Verão, na época em que ainda era paquita, Juliana Baroni ouviu dos diretores que tinha talento para a atuação. "Assim que deixei de ser paquita, essa foi a primeira lembrança que me veio à cabeça e me fez investir na carreira de atriz", confessa.

# Outra experiência que agradou muito a atriz quando trabalhava com Xuxa foi gravar discos. "Sei que não tenho voz para ser cantora, mas gosto de fazer aulas de canto. É bom para uma atriz ter noção de tudo", defende.

# Em um período em que os convites de trabalho ficaram escassos, Juliana prestou faculdade para Letras e chegou a cursá-la por algum tempo. "Se a carreira de atriz não desse certo, seria professora de literatura", conta.





Fonte: TV Press

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