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Internacional
Sábado - 11 de Novembro de 2006 às 08:07

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A três semanas das eleições presidenciais na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira, junto com o presidente venezuelano Hugo Chávez, da inauguração da uma ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela.

A ponte foi construída pela empresa brasileira Odebrecht e é por isso, de acordo com o Palácio do Planalto, que Lula participa da inauguração.

A ponte terá as duas bandeiras, a venezuelana e a brasileira, para segundo o governo da Venezuela, "selar a solidariedade entre os irmãos desse grande gigante sul-americano".

Lula chega a Puerto Ordaz, no sul da Venezuela, na noite de domingo. Na segunda-feira, além da inauguração da ponte, deve visitar um poço de petróleo explorado em conjunto pela Petrobras e pela PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo.

As duas empresas fizeram uma joint-venture para explorar petróleo na Faixa Petrolífera do Orinoco, uma região com reservas estimadas em 30 bilhões de barris de petróleo.

Lei eleitoral

Chávez disse à imprensa oficial venezuelana que os dois presidentes também devem conversar sobre o Gasoduto do Sul, que teria 8 mil quilômetros de extensão, ligando a Venezuela à Argentina e passando pelo Brasil, ao custo de US$ 20 bilhões.

O presidente Lula volta a Brasília no fim da tarde de segunda-feira.

A viagem havia sido programada há dois meses, a convite de Chávez, mas o Planalto ficou com medo de que a Justiça Eleitoral interpretasse a inauguração da obra – embora em solo venezuelano – uma violação à lei eleitoral brasileira, que proíbe inaugurações durante a campanha.

Com isso, a viagem foi adiada e só entrou de novo na agenda presidencial no fim de semana passado, quando foi anunciada em Montevidéu pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O tempo de planejamento foi tão curto que a equipe de diplomatas do Itamaraty e funcionários do Planalto que cuidam da organização em campo só embarcaram para a Venezuela nesta sexta-feira.

Normalmente, a equipe, chamada de Escav (escalão avançado), já está em campo pelo menos quatro dias antes das viagens presidenciais.

A correria também explica a indefinição da agenda, a cargo dos venezuelanos.

Até esta sexta-feira, tanto do lado brasileiro como do lado venezuelano, a agenda tratava a visita ao poço de petróleo operado em conjunto pela Petrobras e PDVSA apenas como uma possibilidade. Orinoco

A segunda ponte sobre o Rio Orinoco é uma obra importante para o governo venezuelano. A obra custou US$ 1,28 bilhão e começou a ser planejada em 2000. A ponte tem três quilômetros de extensão e vai ligar o Estado de Bolívar, no lado sul do rio, a Anzoátegui e Monagas, no nordeste do país.

De acordo com o governo venezuelano, a obra vai permitir o desenvolvimento do local, com a instalação de um pólo industrial na região.

O Orinoco é o principal rio da Venezuela. Com 2.140 quilômetros de extensão, ele nasce perto da fronteira com o Brasil e recebe água de 194 rios e 600 afluentes, em uma bacia de 1 milhão de quilômetros quadrados.

A nova ponte tem quatro pistas de rodovia e uma ferrovia. A primeira ponte, em um trecho mais estreito do rio, foi construída nos anos 1960.





Fonte: BBC Brasil

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