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Agronegócios
Sábado - 09 de Março de 2013 às 15:54

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Na reta final da colheita de soja em Mato Grosso, os produtores rurais precisam ficar atentos ao momento de entregar a produção nas tradings. A classificação dos grãos é um momento crucial, pois são descontadas impurezas e avarias, entre outros, da carga entregue pelo produtor. Segundo o consultor Sinibaldo Junior, é importante que o produtor rural esteja ciente da qualidade do seu produto.

“É preciso que alguém da equipe na propriedade rural tenha conhecimento sobre classificação, pois algumas vezes o procedimento pode ser realizado de forma incorreta, o que gera grandes prejuízos”, afirmou.

Os produtores de Campo Verde se organizaram para não ter surpresa na hora dos descontos de classificação. Eles contrataram uma empresa que disponibilizou um classificador para acompanhar a entrega da safra nas tradings. O profissional ficou no município por vinte dias e, cada vez que um produtor entregava a carga, ele acompanhava todo o processo de classificação e recolhia amostras para, depois, fazer a comparação entre os descontos.

Dezessete produtores participaram da experiência e 180 amostras foram recolhidas e estão em análise. “Já visualizamos, no dia a dia, a diferença nos descontos por causa do peso do grão. Nas máquinas modernas, podemos verificar a umidade ainda no campo. Saía de lá com 18%, mas na classificação da trading dava 20 ou 22%”, contou o delegado da Aprosoja em Campo Verde, Jalmar Vargas.

Vargas explicou que o padrão é 14% de umidade, mas com as fortes chuvas no pico da colheita a umidade ultrapassou esse valor. “O problema é que o grão, muitas vezes, não está realmente estragado, é somente a alta umidade. Aí a trading seca e o grão fica no padrão, mas os descontos são aplicados não só pela umidade e tudo vai para o produtor”, explicou. As ferramentas usadas pelas empresas para classificar os grãos também são questionadas pelos produtores.

Para tentar minimizar as distâncias dos procedimentos de classificação entre produtor rural e tradings, a Aprosoja trabalha para elaboração de uma cartilha de Boas Práticas de Classificação no grupo de trabalho de Classificação da Câmara Setorial da Soja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente (Mapa).

O consultor Sinibaldo Junior ressalta que os produtores rurais precisam ficar atentos aos pontos de amostragem, à homogeneização e à identificação das impurezas e avarias. “A experiência em Campo Verde mostrou que se o produtor ficar atento ao seu produto e ao momento da classificação, os descontos serão reais e mais justos. No início do trabalho, as divergências eram grandes e, no final, diminuíram bastante”, disse.

Capacitação – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) oferece o treinamento de “Classificação de Produtos de Origem Vegetal”, que pode ser solicitado pelos produtores rurais ao Sindicato Rural de seu município. Já estão programados cursos em Nova Xavantina, Rondonópolis, Campo Verde, Sorriso, Rondonópolis e Diamantino. A duração do curso é de 40 horas. Informações no Senar-MT pelo telefone: (65) 3928.4809. 






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