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Polícia Brasil
Sexta - 10 de Novembro de 2006 às 20:27

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Pelo menos 13 reféns foram libertados na tarde desta sexta-feira de dentro de um ônibus, depois de quase 9 horas de sequestro. O homem armado, sua ex-mulher e o cobrador, ao menos, permanecem dentro do ônibus, parado em um acostamento da rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Os reféns, todos homens, deixaram o veículo pela janela do motorista. O sequestro teria motivação passional, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

"Ele nos disse que não queria ferir nenhum refém, que a história dele era com a ex-mulher. Em uma ação passional precisamos de muito cuidado", disse o comandante da Polícia Militar do Rio, Hudson de Aguiar Miranda. O vendedor ambulante André Ribeiro da Silva, com idade entre 30 e 40 anos, teria vivido com a ex-mulher durante dez anos e estaria separado há quatro meses.

O sequestrador, segundo alguns passageiros já libertados, estaria revoltado por ter sido traído pela ex-mulher e ameaça matá-la e depois se suicidar. Os passageiros contaram que a mulher foi agredida algumas vezes pelo sequestrador.

O Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) está no local e comanda as negociações. Um pastor evangélico, a mãe do sequestrador, um irmão e uma irmã dele foram ao local para ajudar a convencê-lo a soltar os reféns.

Até o início da tarde, cerca de 19 passageiros do ônibus prestaram depoimento na Delegacia de Nova Iguaçu.

No momento em que o homem anunciou o sequestro, pouco depois das 8h, o ônibus estava lotado, mas os reféns foram liberados no transcorrer das negociações.

"A nossa estratégia é vencê-lo pelo cansaço, e ele já começa a apresentar os primeiros sinais de cansaço físico e emocional. É um quadro delicado. O sucesso depende acima de tudo da vítima principal, que é a ex-mulher dele", explicou no fim da manhã o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Hélio Dias.

O incidente lembrou outro sequestro em um ônibus no Rio de Janeiro. Em junho de 2000, Sandro do Nascimento — um sobrevivente da chacina da Candelária, de 1993 — sequestrou o ônibus 174.

O sequestro, que durou 4 horas, culminou com a morte de uma das reféns, Geisa Gonçalves, com quem Nascimento, ao resolver se entregar, havia descido do ônibus. Um policial, tentando salvar a refém, atirou na direção do sequestrador, mas errou o tiro e Nascimento, conforme havia ameaçado, atirou contra a passageira.

O sequestrador acabou sendo morto por asfixia, na viatura policial, depois de ser rendido.





Fonte: Terra

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