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Sexta - 10 de Novembro de 2006 às 16:49

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A Polícia Federal de Cuiabá não ouvirá novamente o empresário Arlindo Dias Barbosa, dono da empresa MS Táxi Aéreo, contatada para transportar o R$ 1,75 milhão do dossiê contra tucanos de São Paulo (SP) para Cuiabá, acusado de omitir fatos relevantes da Polícia Federal durante seu depoimento em Campo Grande. No depoimento prestado quarta-feira em Campo Grande (MS), ele disse que não conhecia Valdebran Padilha, o petista que o contatou para fretar o vôo, nem sabia "qual era o passageiro, o que levaria de bagagem, nada, nada".

Ontem, no entanto, depois de retornar a Cuiabá, o delegado federal Diógenes Curado, encarregado do caso, ficou sabendo que Arlindo Barbosa não só conhece Valdebran Padilha de longa data, como mantém com ele relações familiares e empresariais. As famílias de ambos são sócias numa outra empresa de táxi aéreo, a Airtechs Indústria Aeronáutica Brasileira Ltda., com sede na cidade de Santo Antônio do Leverger.

De acordo com o assessor da Polícia Federal de Cuiabá, Paulo Gomes, que representa o delegado federal Diógenes Curado, Arlindo não prestará novo depoimento pois as informações omitidas por ele não influenciam no andamento das investigações, que apuram a origem do dinheiro apreendido no hotel com Valdebran Padilha. “O fato dele conhecer a família do Valdebran não influencia na origem do dinheiro, já que ele seria utilizado no esquema apenas para transportar o dinheiro. Nosso foco é descobrir a origem do dinheiro e não como ele foi transladado”, revelou Gomes.

Segundo Paulo Gomes, posteriormente, após a conclusão das investigações sobre o dossiê, se for comprovada a omissão de informações, Arlindo poderá ser indiciado por falso testemunho.





Fonte: 24HorasNews

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