Empresários brasileiros pedem manutenção de isenção de tarifas de importação
Com a proximidade do fim do programa, que expira em 31 de dezembro, caberá ao Congresso dos Estados Unidos definir sua continuidade ou extinção. Esta é a segunda ida dos empresários só neste ano. A iniciativa prevê encontros com deputados e senadores norte-americanos, que estão em período de recesso parlamentar.
"Os parlamentares se concentrarão nos temas que ficaram pendentes na pauta do Congresso, caso do SGP. Aproveitaremos esse período para retomar o caminho de esclarecimento sobre o impacto negativo para as empresas brasileiras e americanas de uma possível exclusão do país deste sistema", destacou Adriana Machado, diretora de Relações Governamentais da Amcham.
A diretora ressalta ainda que existe um consenso equivocado entre parlamentares americanos de que o Brasil e a Índia se encontrariam no patamar dos desenvolvidos e não em desenvolvimento, o que tiraria os benefícios dos dois países, por meio do SGP. "Há um entendimento por parte de alguns parlamentares (americanos) de que o Brasil e a Índia já são desenvolvidos e, portanto, não precisariam do SGP. Precisamos mostrar que, apesar de o Brasil ter avançado em diversos aspectos, ainda atende os critérios pelos quais programa foi criado", explicou Machado, complementando que, por essa razão, "o benefício se justifica".
A missão é integrada principalmente por empresários de setores favorecidos pelo SGP, como autopeças, agronegócios e madeireiro. A US Chamber of Commerce, sediada nos Estados Unidos, participará da missão com alguns empresários americanos que realizam importações por meio do sistema e se beneficiam com a redução tarifária promovido pelo SGP. Parte da matéria-prima e dos produtos intermediários exportados pelo Brasil através do SGP agrega competitividade aos produtos americanos. A Embaixada do Brasil em Washington também apóia a missão.
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