Premiê palestino diz que renunciaria pelo fim de sanções
"Já disse que, se para os europeus e americanos e outros, o primeiro-ministro for um obstáculo para levantar o embargo ao povo palestino, então o primeiro-ministro deve renunciar, de forma que o barco do povo palestino possa zarpar com todos nós", afirmou Haniya, em uma coletiva transmitida pelo canal de TV árabe Al Jazeera.
O embargo foi imposto depois que o partido de Haniya, o Hamas, venceu as eleições legislativas realizadas em janeiro.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, União Européia e Israel – país cuja existência o Hamas se recusa a reconhecer.
Governo unitário
As declarações de Ismail Haniya foram dadas após um encontro dele com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, do partido rival Fatah, mais moderado e alinhado com o ocidente.
Os dois líderes estão envolvidos em negociações para a formação de um governo de união nos territórios palestinos, capaz de pôr fim à disputa de poder na região.
Haniya disse que ele e Abbas haviam concordado em discutir "os arranjos necessários para formação do governo" em "duas ou três" semanas.
"Então poderemos trazer boas marés ao povo palestino, fortalecendo a união por meio de um governo de unidade nacional", ele declarou.
Um porta-voz do presidente Abbas confirmou que havia uma "atmosfera positiva" em relação ao tema.
"Os diálogos continuam, as discussões continuam e esperamos fazer progressos muito em breve", ele disse.
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