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Polícia Brasil
Sexta - 10 de Novembro de 2006 às 11:29

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A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu hoje a paulista Patrícia Ramos, 25 anos, acusada de simular o próprio seqüestro. "Mobilizamos os nossos melhores policiais, todos especializados em seqüestro. Ficamos à noite toda por conta para resgatar a vítima, e quando a gente foi ver, era tudo brincadeira, e de mau gosto. Não havia seqüestro algum", contou o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).

A policia mineira foi acionada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo. Patrícia Ramos disse ser namorada de um investigador do departamento. Na tarde de ontem, ela teria enviado mensagens eletrônicas para ele dizendo que teria sido seqüestrada. "Nos e-mails, ela avisou que havia sido rendida por homens armados e levada para um cativeiro em Belo Horizonte", explicou.

O serviço de inteligência da Polícia Civil mineira descobriu o possível local do cativeiro. Cerca de 20 policiais do Deoesp e do Grupo de Resposta Especial (GRE) foram acionados. Eles cercaram uma casa na rua Michel Garib, na região de Venda Nova, ao norte de Belo Horizonte.

"Como se tratava de uma suspeita de seqüestro, tivemos que agir com a maior cuidado, como deve ser feito em ações desse tipo. O cativeiro foi cercado e ficamos toda a madrugada no local para tentar observar movimentações suspeitas", afirmou o delegado. Somente pela manhã os policiais descobriram que tudo não passava de uma brincadeira irresponsável.

Ainda segundo o delegado Édson Moreira, a casa onde Patrícia dizia ter sido mantida em cativeiro pertence a um amigo dela. "Durante o depoimento a garota contou que trabalha como recepcionista em São Paulo e mandou as mensagens para brincar com o namorado, que trabalha na divisão anti-seqüestro da polícia de São Paulo. Ele ficou desesperado e imediatamente comunicou o seqüestro. A polícia paulista chegou a cogitar a possibilidade de enviar uma equipe para cá", disse.

Patrícia Ramos vai ser indiciada no artigo 340 do código penal por falsa comunicação de crime. Se condenada pode pegar de 1 a 6 meses de cadeia. Como se trata de crime afiançável, ela vai assinar um termo circunstancial de ocorrência e ser liberada ainda nesta sexta-feira.





Fonte: Terra

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