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Conab vê leve melhora na safra brasileira
Na segunda estimativa de safra de grãos, fibras e cereais divulgada ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o cenário para o atual ciclo 2006/07 registrou uma discreta melhora em relação ao primeiro levantamento. A produção, que seria menor que a apurada na safra passada, a 2005/06, deve registrar um acréscimo médio de 0,11%.
Se confirmada a projeção, o país colherá 120,082 milhões de toneladas em 2007 - 133 mil toneladas acima das 119,95 milhões de toneladas obtidas no ciclo 2005/06. A área plantada, porém, deve continuar em queda. No primeiro levantamento da Conab, previa-se uma redução média de 4,3%, de 47,3 milhões de hectares para 45,2 milhões de hectares. Agora, projeta-se uma retração de 4%, para 45,4 milhões de hectares.
As pequenas variações estão relacionadas à nova metodologia adotada pela Conab para aferir o volume da safra nacional de grãos. Antes, a empresa utilizava o potencial de produção de cada cultura. Agora, a Conab passou a usar um cálculo médio das últimas cinco safras.
"Isso neutraliza o impacto negativo de eventuais quebras de safra por problemas climáticos na previsão global", afirmou o gerente de avaliação de safras da Conab, Eledon Pereira de Oliveira. Em caso de melhora climática, e de preços no mercado, a alteração tem impactos positivos mais visíveis. "Fomos mais conservadores para não influenciar as eleições. Agora, podemos elevar as previsões", disse o presidente da Conab, Jacinto Ferreira.
Pelas informações da Conab, o campo viverá um ano favorável a boas chuvas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas sujeito a complicações no Nordeste. Se houver alguma mudança mais brusca nos cenários climático ou mercadológico, a previsão cairá abaixo da safra passada. "É possível. Até porque estamos no início do plantio", admitiu Pereira.
Ainda na conta das complicações da atual safra há também a forte quebra na produção de trigo, que cairá 54% em relação ao período anterior. A produção recuará de 2,44 milhões para 2,24 milhões de toneladas. Assim, o país terá que ampliar de 6,26 milhões para 7,93 milhões de toneladas as importações do cereal neste ciclo. E os estoques estão muito baixos. "Será bom para os produtores que optarem por produzir na safra de inverno", afirmou Ferreira.
O lado bom das novas previsões da Conab está na elevação média de 21% na produção de algodão caroço, para 2,02 milhões de toneladas. As causas são a melhora nos preços externos e a perspectiva de aumento nas exportações. A produtividade também está em alta.
Na soja, ainda carro-chefe da produção nacional, a previsão máxima chega a 55,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,4%. Mesmo com uma área até 7% inferior ao ciclo anterior por causa da descapitalização do produtor e os preços desanimadores no início da safra. Para o milho, a área será até 2,3% menor, mas a produção deve crescer até 5,6%. A Conab estima a colheita de 33,6 milhões de toneladas na safra de verão, um acréscimo de até 5,6% na comparação com a temporada passada.
No feijão, os produtores devem plantar uma área até 8,4% superior à safra passada em função do menor custo de produção e os bons preços. A produção deve crescer até 20%, para 1,38 milhão de toneladas. No arroz, apesar da necessidade de elevar as importações, os produtores devem plantar uma área até 2,5% superior ao ciclo passado. A produção, entretanto, permanecer estável ou ligeiramente abaixo do ciclo 2005/06.
Se confirmada a projeção, o país colherá 120,082 milhões de toneladas em 2007 - 133 mil toneladas acima das 119,95 milhões de toneladas obtidas no ciclo 2005/06. A área plantada, porém, deve continuar em queda. No primeiro levantamento da Conab, previa-se uma redução média de 4,3%, de 47,3 milhões de hectares para 45,2 milhões de hectares. Agora, projeta-se uma retração de 4%, para 45,4 milhões de hectares.
As pequenas variações estão relacionadas à nova metodologia adotada pela Conab para aferir o volume da safra nacional de grãos. Antes, a empresa utilizava o potencial de produção de cada cultura. Agora, a Conab passou a usar um cálculo médio das últimas cinco safras.
"Isso neutraliza o impacto negativo de eventuais quebras de safra por problemas climáticos na previsão global", afirmou o gerente de avaliação de safras da Conab, Eledon Pereira de Oliveira. Em caso de melhora climática, e de preços no mercado, a alteração tem impactos positivos mais visíveis. "Fomos mais conservadores para não influenciar as eleições. Agora, podemos elevar as previsões", disse o presidente da Conab, Jacinto Ferreira.
Pelas informações da Conab, o campo viverá um ano favorável a boas chuvas no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas sujeito a complicações no Nordeste. Se houver alguma mudança mais brusca nos cenários climático ou mercadológico, a previsão cairá abaixo da safra passada. "É possível. Até porque estamos no início do plantio", admitiu Pereira.
Ainda na conta das complicações da atual safra há também a forte quebra na produção de trigo, que cairá 54% em relação ao período anterior. A produção recuará de 2,44 milhões para 2,24 milhões de toneladas. Assim, o país terá que ampliar de 6,26 milhões para 7,93 milhões de toneladas as importações do cereal neste ciclo. E os estoques estão muito baixos. "Será bom para os produtores que optarem por produzir na safra de inverno", afirmou Ferreira.
O lado bom das novas previsões da Conab está na elevação média de 21% na produção de algodão caroço, para 2,02 milhões de toneladas. As causas são a melhora nos preços externos e a perspectiva de aumento nas exportações. A produtividade também está em alta.
Na soja, ainda carro-chefe da produção nacional, a previsão máxima chega a 55,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,4%. Mesmo com uma área até 7% inferior ao ciclo anterior por causa da descapitalização do produtor e os preços desanimadores no início da safra. Para o milho, a área será até 2,3% menor, mas a produção deve crescer até 5,6%. A Conab estima a colheita de 33,6 milhões de toneladas na safra de verão, um acréscimo de até 5,6% na comparação com a temporada passada.
No feijão, os produtores devem plantar uma área até 8,4% superior à safra passada em função do menor custo de produção e os bons preços. A produção deve crescer até 20%, para 1,38 milhão de toneladas. No arroz, apesar da necessidade de elevar as importações, os produtores devem plantar uma área até 2,5% superior ao ciclo passado. A produção, entretanto, permanecer estável ou ligeiramente abaixo do ciclo 2005/06.
Fonte:
Valor Econômico
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/261637/visualizar/
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