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Nacional
Quinta - 09 de Novembro de 2006 às 15:35

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Apesar do alto índice de acesso à água, o Brasil está no 74° lugar do ranking de 159 países onde o índice é medido para compor o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O estudo das Nações Unidas indica que há uma relação muito próxima entre nível de pobreza, acesso à água e acesso a serviços de saneamento. Nesse sentido, a situação brasileira não é das melhores.

"À medida que a renda aumenta, a cobertura média melhora", registra o relatório. "Mesmo uma renda nacional média relativamente alta não é garantia de uma alta taxa de cobertura entre os pobres. No Brasil, os 20% mais ricos desfrutam de níveis de acesso à água e a saneamento geralmente comparáveis ao de países ricos. Enquanto isso, os 20% mais pobres têm uma cobertura, tanto de água como de esgoto, inferior à do Vietnã."

A lista exclui os países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). No ranking de saneamento, a posição brasileira é a de número 67, entre as 149 nações pesquisadas. Ficam de fora do levantamento as 24 com maior IDH.

Apontado no RDH 2006 como um dos países com maior disponibilidade de água, inclusive superior ao que precisa consumir, o Brasil, no entanto, não conseguiu superar o desabastecimento em regiões secas e entre a população de baixa renda. De acordo com o relatório, milhões de pessoas vivem na região conhecida como Polígono da Seca, uma área de 940 mil quilômetros quadrados na região Nordeste, e enfrentam a falta crônica de água.

As Nações Unidas definem a água como uma necessidade humana elementar e um direito humano fundamental. Sem água, não há desenvolvimento. "Quando se trata de água, existe o reconhecimento de que o mundo enfrenta uma crise que, se não for controlada, vai por em perigo o progresso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e atrasar o desenvolvimento humano", concluem os técnicos. O relatório registra também que, em geral, os mais pobres pagam os preços mais altos pela água no mundo e as pessoas que mais sofrem com a crise de água e do saneamento são as mais carentes.

Mais de 1 bilhão de pessoas não tem acesso a água potável no mundo, por viver em regiões secas ou pelo fato de os rios estarem poluídos. E cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento adequado. Como conseqüência, 1,8 milhão de crianças morre, no mundo, em decorrência de problemas como diarréia e outras doenças provocadas por água suja e más condições de saneamento.





Fonte: Agência Brasil

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