A Polícia Civil prendeu Magnum Martins de Aguiar por estelionato. Ele é suspeito de ter aplicado um golpe, no qual vende casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Pelo menos seis pessoas foram vítimas do crime em Cuiabá.
A prisão aconteceu dentro do prédio da Prefeitura Municipal de Cuiabá e de acordo com a assessoria do órgão, a Secretaria de Cidades recebeu denúncias vindas de uma mulher que teria pago ao suspeito e não recebido as chaves do imóvel. Aguiar se identificava como servidor público municipal responsável por agilizar os processos do programa.
Ele trabalhou como vigilante da Secretaria Municipal de Educação até meados de 2011, quando foi desligado. Por conta do período que trabalhou no órgão, tinha diversos contatos e trânsito livre na sede principal. Inclusive existem imagens do sistema interno da prefeitura que mostram ele circulando livremente pelo prédio.
A princípio, ele persuadia as pessoas dizendo que poderia viabilizar mais rápido uma das casas e cobrava R$ 6 mil pelo serviço. Ele exigia ainda pagamento de uma parcela de R$ 300 na hora e aproximadamente R$ 3 mil até a entrega da chave, o valor variava dependendo da vítima e da casa pedida.
Ainda não foi descartada a hipótese que ele utilizava o nome de uma servidora que segundo consta, não sabia que estava sendo envolvida na armação do ex-servidor.
A prefeitura informou, por meio de nota oficial, que não vende e nem doa casas do Programa Minha Casa Minha Vida ou de qualquer outro programa habitacional. Ela apenas recebe a documentação e faz o cadastramento das famílias aptas a participar dos programas. Quem libera o dinheiro é Caixa Econômica Federal, após analisar novamente o requerente. A administração da Capital informou que ainda não tem mais detalhes sobre o caso, mas que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
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