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Vírus de imunodeficiência simiesca pode ser endêmico em gorilas
O vírus da imunodeficiência simiesca (VIS), variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV), parece ser endêmico entre gorilas selvagens, segundo um artigo publicado no último número da revista "Nature".
Esses animais são caçados para fins de alimentação e para uso medicinal, o que faz com que o vírus também apresente perigo para os seres humanos, afirmam os cientistas.
Martine Peeters, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da Universidade de Montpellier (França), e outros especialistas analisaram centenas de mostras de fezes de chimpanzés e gorilas que vivem em florestas de Camarões.
Algumas mostras obtidas de exemplares das duas espécies continham anticorpos reativos ao HIV-1, o vírus que causa a aids nos seres humanos, mas as análises de RNA realizadas indicaram que os gorilas estavam infectados com uma cepa diferente de VIS ligado de forma muito próxima ao HIV do grupo O que foi detectado em pessoas do centro-oeste da África.
A descoberta deste vírus - batizado de VIS gor - em gorilas que viviam em localidades que ficam a cerca de 400 quilômetros uns dos outros parece indicar que, da mesma forma que acontece com os chimpanzés, este tipo de infecção é endêmica nestes símios.
Outra hipótese seria que os gorilas ficassem infectados esporadicamente com o VIS através dos chimpanzés, mas isto parece muito improvável, pois em nenhuma comunidade destes animais examinada foi detectado até agora o vírus do grupo O.
As relações filogenéticas estudadas indicam que os chimpanzés foram os depositários originais do VIS encontrado agora em chimpanzés, gorilas e humanos.
A partir daí, diferentes comunidades de chimpanzés no sul de Camarões transmitiram VIS divergentes para humanos, o que permitiu a origem dos grupos M e N do HIV-1.
Os chimpanzés também transmitiram o vírus do grupo O para gorilas e para humanos, ou para gorilas que depois passaram para humanos.
Segundo os especialistas, são necessários novos estudos para determinar a prevalência geral, a associação de subespécies, a diversidade genética e a história natural da infecção com o VIS gor dos gorilas selvagens.
Também é importante determinar por qual caminho acontece o contágio dos gorilas, pois estes símios são herbívoros e acredita-se que são raros os contatos físicos entre gorilas e chimpanzés.
Esses animais são caçados para fins de alimentação e para uso medicinal, o que faz com que o vírus também apresente perigo para os seres humanos, afirmam os cientistas.
Martine Peeters, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da Universidade de Montpellier (França), e outros especialistas analisaram centenas de mostras de fezes de chimpanzés e gorilas que vivem em florestas de Camarões.
Algumas mostras obtidas de exemplares das duas espécies continham anticorpos reativos ao HIV-1, o vírus que causa a aids nos seres humanos, mas as análises de RNA realizadas indicaram que os gorilas estavam infectados com uma cepa diferente de VIS ligado de forma muito próxima ao HIV do grupo O que foi detectado em pessoas do centro-oeste da África.
A descoberta deste vírus - batizado de VIS gor - em gorilas que viviam em localidades que ficam a cerca de 400 quilômetros uns dos outros parece indicar que, da mesma forma que acontece com os chimpanzés, este tipo de infecção é endêmica nestes símios.
Outra hipótese seria que os gorilas ficassem infectados esporadicamente com o VIS através dos chimpanzés, mas isto parece muito improvável, pois em nenhuma comunidade destes animais examinada foi detectado até agora o vírus do grupo O.
As relações filogenéticas estudadas indicam que os chimpanzés foram os depositários originais do VIS encontrado agora em chimpanzés, gorilas e humanos.
A partir daí, diferentes comunidades de chimpanzés no sul de Camarões transmitiram VIS divergentes para humanos, o que permitiu a origem dos grupos M e N do HIV-1.
Os chimpanzés também transmitiram o vírus do grupo O para gorilas e para humanos, ou para gorilas que depois passaram para humanos.
Segundo os especialistas, são necessários novos estudos para determinar a prevalência geral, a associação de subespécies, a diversidade genética e a história natural da infecção com o VIS gor dos gorilas selvagens.
Também é importante determinar por qual caminho acontece o contágio dos gorilas, pois estes símios são herbívoros e acredita-se que são raros os contatos físicos entre gorilas e chimpanzés.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262080/visualizar/
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