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Nacional
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 17:02

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O presidente eleito da Nicarágua, Daniel Ortega, já governou o país anteriormente, de 1979 a 1990. Chegou ao poder quando liderava a Frente Sandinista de Libertação Nacional, criada para combater a ditadura da Família Somoza, que comandou o país 1936 a 1979.

A frente tomou o poder num movimento revolucionário e implantou mudanças como reforma agrária, eleições diretas para Presidência e Parlamento, nacionalização do sistema financeiro e dos recursos naturais, além de confisco dos bens da família Somoza. Segundo um historiador entrevistado pela Agência Brasil, não há espaço atualmente para uma repetição desse tipo de administração.

"Pode ser que surjam medidas nesse sentido, mas ele vai ter que negociar. Não acredito que haja condições para implementar uma política estatizante. Será um governo reformista com distribuição de renda na margem, mas sem afetar as estruturas democráticas e econômicas já consolidadas", afirma o mestre em História Carlos Eduardo Vidigal.

Vidigal lembra que a história de Ortega no comando da Nicarágua tem início em 1979, quando começa uma guerra civil entre a frente sandinista e o governo Somoza. A frente toma o poder depois que um dos seus líderes é assassinado e o atual presidente, Anastasio Somoza Debayle, é acusado de ser o mandante do crime. Ele é forçado a renunciar e se exila no Paraguai.

A frente comanda o país por meio de uma junta colegiada da qual Ortega faz parte, até 1984. Naquele ano, o governo sandinista convoca eleições. Ortega vence. Uma nova eleição é convocada em 1989 e Ortega perde para Violeta Chamorro.

Ortega venceu as eleições deste ano com 38,07%, apuradas 91,48% das urnas, e toma posse no dia 10 de janeiro.





Fonte: Agência Brasil

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