Repórter News - reporternews.com.br
Mudanças freqüentes de fuso horário podem afetar a saúde
Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que mudanças freqüentes de fuso horário ou o trabalho em turnos irregulares podem afetar a saúde.
Os pesquisadores da Universidade da Virgínia descobriram que ratos expostos a mudanças semelhantes às vividas por seres humanos com horários irregulares morrem mais cedo.
Eles analisaram como ratos jovens e idosos reagiam a mudanças no equilíbrio natural entre dia e noite.
Para isso, os ratos foram divididos em grupos.
Um desses grupos teve os relógios avançados em seis horas, uma vez por semana, uma diferença equivalente ao fuso horário entre a Grã-Bretanha e Bangladesh. Com isso, os ratos passaram menos tempo no escuro.
O outro grupo teve os relógios atrasados em seis horas - uma diferença igual ao fuso entre a Grã-Bretanha e a cidade de Chicago, nos Estados Unidos - passando mais tempo no escuro.
O terceiro grupo não sofreu mudanças nos horários.
Sobrevivência
Os animais mais jovens aparentemente não foram afetados pelas mudanças.
Mas, entre os ratos idosos, apenas 47% dos que tiveram noites mais curtas sobreviveram. O número subiu para 68% entre os que tiveram noites mais longas e 83% para os ratos que não sofreram mudanças.
Os cientistas acreditam que as reações fisiológicas do corpo ao ritmo circadiano (o ciclo natural do sono) sejam bastante complexas, mas seus efeitos ainda não foram totalmente compreendidos.
Nos ratos idosos, por exemplo, o stress crônico não aumentou. Esse tipo de stress, que pode ser medido pelos níveis do hormônio corticosterona, é frequentemente citado como a causa de problemas de saúde entre pessoas com turnos irregulares.
Mas, segundo os cientistas americanos, a razão do aumento da mortalidade nos ratos pode ter ligações com a falta de sono ou as alterações sofridas pelo sistema imunológico.
Outra possibilidade é que a fragilidade e as alterações ao sistema circadiano causadas pela idade significam que os ratos idosos têm menos capacidade de tolerar mudanças nos ciclos de luz.
Segurança
"Seja qual for o mecanismo preciso, o estudo levanta questões importantes sobre a segurança dos turnos que são alterados no sentido anti-horário (diminuindo a quantidade de sono dos trabalhadores) e as conseqüências de longo prazo para a saúde dos tripulantes de vôos que cruzam zonas de fuso horário com freqüência", disse Gene Block, coordenador do estudo, à revista médica Biologia Atual.
Segundo Malcolm von Schantz, professor de fisiologia e bioquímica da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, o estudo é importante mas não é razão para pânico.
"Essa é uma área interessante que precisa ser investigada porque é algo que acontece mais e mais. Há uma quantidade cada vez maior de viagens que cruzam zonas de fuso horário e um aumento na sociedade 24 horas", disse Schantz.
"As pessoas não devem entrar em pânico e parar de viajar ou trabalhar seus turnos por causa das conclusões do estudo. Mas ele é um lembrete de que, só porque os humanos têm a capacidade de fazer algo, não significa que isso será seguro em longo prazo".
"Nós precisamos realizar mais estudos em animais e humanos para podermos analisar efetivamente o risco. É importante lembrar também que a pesquisa foi realizada em ratos, que são animais noturnos, enquanto os humanos são diurnos", afirmou Schantz.
Os pesquisadores da Universidade da Virgínia descobriram que ratos expostos a mudanças semelhantes às vividas por seres humanos com horários irregulares morrem mais cedo.
Eles analisaram como ratos jovens e idosos reagiam a mudanças no equilíbrio natural entre dia e noite.
Para isso, os ratos foram divididos em grupos.
Um desses grupos teve os relógios avançados em seis horas, uma vez por semana, uma diferença equivalente ao fuso horário entre a Grã-Bretanha e Bangladesh. Com isso, os ratos passaram menos tempo no escuro.
O outro grupo teve os relógios atrasados em seis horas - uma diferença igual ao fuso entre a Grã-Bretanha e a cidade de Chicago, nos Estados Unidos - passando mais tempo no escuro.
O terceiro grupo não sofreu mudanças nos horários.
Sobrevivência
Os animais mais jovens aparentemente não foram afetados pelas mudanças.
Mas, entre os ratos idosos, apenas 47% dos que tiveram noites mais curtas sobreviveram. O número subiu para 68% entre os que tiveram noites mais longas e 83% para os ratos que não sofreram mudanças.
Os cientistas acreditam que as reações fisiológicas do corpo ao ritmo circadiano (o ciclo natural do sono) sejam bastante complexas, mas seus efeitos ainda não foram totalmente compreendidos.
Nos ratos idosos, por exemplo, o stress crônico não aumentou. Esse tipo de stress, que pode ser medido pelos níveis do hormônio corticosterona, é frequentemente citado como a causa de problemas de saúde entre pessoas com turnos irregulares.
Mas, segundo os cientistas americanos, a razão do aumento da mortalidade nos ratos pode ter ligações com a falta de sono ou as alterações sofridas pelo sistema imunológico.
Outra possibilidade é que a fragilidade e as alterações ao sistema circadiano causadas pela idade significam que os ratos idosos têm menos capacidade de tolerar mudanças nos ciclos de luz.
Segurança
"Seja qual for o mecanismo preciso, o estudo levanta questões importantes sobre a segurança dos turnos que são alterados no sentido anti-horário (diminuindo a quantidade de sono dos trabalhadores) e as conseqüências de longo prazo para a saúde dos tripulantes de vôos que cruzam zonas de fuso horário com freqüência", disse Gene Block, coordenador do estudo, à revista médica Biologia Atual.
Segundo Malcolm von Schantz, professor de fisiologia e bioquímica da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, o estudo é importante mas não é razão para pânico.
"Essa é uma área interessante que precisa ser investigada porque é algo que acontece mais e mais. Há uma quantidade cada vez maior de viagens que cruzam zonas de fuso horário e um aumento na sociedade 24 horas", disse Schantz.
"As pessoas não devem entrar em pânico e parar de viajar ou trabalhar seus turnos por causa das conclusões do estudo. Mas ele é um lembrete de que, só porque os humanos têm a capacidade de fazer algo, não significa que isso será seguro em longo prazo".
"Nós precisamos realizar mais estudos em animais e humanos para podermos analisar efetivamente o risco. É importante lembrar também que a pesquisa foi realizada em ratos, que são animais noturnos, enquanto os humanos são diurnos", afirmou Schantz.
Fonte:
BBC Brasil
Comentários