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Saúde
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 01:22

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Um estudo realizado na Costa Rica revelou que as crianças com deficiências na absorção de ferro crescem com problemas cerebrais, até o momento em que é administrado um tratamento precoce a eles.

A pesquisa, publicada por "Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine", pôs em evidência a importância que tem a nutrição adequada dos bebês em seus primeiros anos para evitar essa deficiência, mais conhecida como anemia.

O estudo realizado com 185 jovens costarriquenhos mostrou que os bebês que receberam alimentação mais baixa em ferro nunca superaram certas provas de aprendizagem, memória e pensamento.

Quanto mais pobres eram as crianças, piores eram seus resultados à medida que cresciam.

"Se os efeitos diretos e indiretos da deficiência precoce de ferro no cérebro alterou ou atrasou os processos de desenvolvimento, poderia ocorrer um efeito multiplicador", indicou Betsy Lozzoff, cientista da Universidade de Michigan que realizou o estudo.

A pesquisa começou no primeiro ano de vida das crianças, quando foram medidos os níveis de ferro e realizaram provas para determinar sua capacidade de aprender, pensar e lembrar.

Aqueles que tinham um baixo nível de ferro receberam suplementos, mas nunca conseguiram recuperá-lo.

Os pesquisadores compararam 53 bebês com deficiência crônica de ferro com os resultados de 132 crianças normais.

Entre as crianças procedentes de famílias de classe média, o problema de desenvolvimento intelectual nunca se resolveu totalmente, segundo os cientistas.

O que é pior, nas famílias de situação sócio-econômica inferior esse problema era ainda mais grave e a lacuna aumentava substancialmente, de 10 pontos na infância para 25 pontos quando o jovem chegava aos 19 anos, segundo dizem os cientistas em seu relatório.

Entre 20 e 25% das crianças do mundo sofrem algum nível de anemia devido à insuficiência de ferro, cujo tratamento mais cedo é essencial, segundo os pesquisadores.




Fonte: Agência EFE

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