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Saúde
Quarta - 08 de Novembro de 2006 às 01:02

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Rio - Noventa e seis por cento das brasileiras grávidas fazem pré-natal, mas 38% não têm acesso ao teste anti-HIV, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Unicef e Ministério da Saúde divulgada ontem. O exame, que deve ser oferecido a toda gestante no pré-natal, é fundamental para que sejam adotadas medidas para evitar a transmissão do vírus da Aids da mãe para o bebê. No País, esse índice é de 8%, segundo dados de 2004.

“A gente tem uma falha na distribuição dos insumos e na capacitação de técnicos para a realização do exame na hora do parto. Temos que concentrar nossos esforços nesses lugares menores em que há falta de testes, para atingir 100% das gestantes”, afirma Célia Landmann, pesquisadora da Fiocruz.

Nas regiões ricas, o índice médio de transmissão é de 9%, segundo a pesquisa Sentinela Parturiente. Diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão admite que a demora no resultado dos exames é uma das causas do problema.

“Em algumas regiões, o resultado do teste anti-HIV leva até quatro meses e muitas vezes não permite que se faça a prevenção. Isso é um problema estrutural da rede de saúde em alguns estados. O ministério coloca testes rápidos à disposição dessas regiões”, afirmou Mariângela, ontem, no Congresso Brasileiro de Prevenção às DST e Aids, em Belo Horizonte.

Estima-se que cerca de 240 mil brasileiras em idade reprodutiva tenham HIV e que a maior parte delas não saiba que tem o vírus. Segundo o ministério, o risco de uma soropositiva transmitir o HIV para o filho no parto é de 30% se não forem adotadas as medidas de prevenção. Quando a soropositividade é conhecida e essas medidas são realizadas, o risco é de 1%. A meta do ministério é reduzir o índice para menos de 1% em 2008.

Infecção hospitalar assusta

Mais da metade das crianças recém-nascidas que entram em unidades neonatais no Brasil são afetadas por infecções hospitalares, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). E 30% das crianças infectadas morrem.

Segundo a OMS, a qualquer momento do ano, cerca de 1,4 milhão de pessoas em todo o mundo sofrem de infecções hospitalares. Um quarto dos casos ocorre por causa de procedimentos cirúrgicos. Entre 5% e 10% dos pacientes que chegam nos hospitais nos países ricos pegam uma infecção. Um a cada 136 pacientes que dão entrada em um hospital americano acaba seriamente doente. E 80 mil ainda morrem.

A grande maioria, porém, está nos países pobres, onde 4,3 mil crianças morrem por dia por causa de infecções hospitalares. Nos países em desenvolvimento, a taxa pode chegar a 25%.




Fonte: O Dia

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