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Nacional
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 17:30

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O presidente do Safernet Brasil (Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos), Thiago Tavares, afirma que o projeto conhecido como "Lei de Crimes de Informática", que deve ir a votação nesta quarta-feira, 8 de novembro, no Senado, parte de uma premissa equivocada: a de que todo o usuário da Internet no Brasil é um criminoso em potencial e pretende a delinqüir.

Tavares lembra que o Brasil é um País de 32,5 milhões de usuários de Internet e que por isso é evidente que uma minoria faça uso da rede para cometer crimes. "Nem por isso, os usuários precisam ser monitorados e fiscalizados o tempo todo", diz.

Para o presidente da entidade, a lei é um grande guarda-chuva e nela cabe qualquer coisa. "Do jeito em que está, pode ser utilizada para ações arbitrárias como o patrulhamento da rede. Isso pode gerar problemas graves no que se refere às liberdades individuais e garantias constitucionais."

Tavares explica ainda que o texto é impreciso, inconsistente e vago." Pode ser utilizado para outros fins que não são os almejados", diz.

O relator do projeto, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), admitiu nesta terça-feira que apenas a instalação das mudanças não serão suficientes para coibir os crimes na rede. "O projeto não vai resolver sozinho, mas não podemos deixar que o Código penal ignore este tipo de crime", disse ele.

O senador explicou que é o principal objetivo do projeto é tipificar os crimes na rede, que não constavam no código penal.

Respondendo as inúmeras críticas de que o projeto poderia diminuir os números de acesso e dificultar os trabalhos dos provedores, Azeredo disse a burocracia para cadastro seria mínima.

Ao contrário do divulgado, de que a identificação seria necessária para todos os programas de interatividade, o senador disse isso aconteceria apenas para a primeira vez, no cadastro de e-mails. Especialistas dizem que isso não está claro no texto.

Ainda para o senador, a responsabilidade do provedor também não seria inapropriada. No caso da falsificação de identidade do usuário, por exemplo, o senador explica que os provedores teriam como provar e não seriam punidos por isso.





Fonte: Terra

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