Advogado diz que acidente não teria acontecido sem falhas das empresas
Na coletiva na manhã desta terça-feira, os advogados afirmaram que o acidente não teria acontecido se não houvesse falhas das duas empresas. A ExcelAire, segundo os advogados, falhou na no treinamento dos pilotos, na navegação e na operação da aeronave, que não seguiu o plano de vôo estabelecido. Eles alegam ainda que os pilotos erraram por não tomarem providências quando perceberam que havia falha de comunicação entre o Legacy e a torre de controle.
A Honeywell falhou nos seguintes pontos: falha no designer do aparelho, cuja disposição das teclas dá margem a erros, atraso no mecanismo de suspensão do modo “standby” do transponder e aviso insuficiente de que o aparelho estivesse operando em "standby".
“Acidentes aéreos acontecem por uma sucessão de erros. No caso do acidente da Gol, nada teria acontecido se o transponder funcionasse adequadamente e se os pilotos do Legacy tivessem agido de maneira adequada”, afirmou Leonardo Amarante da Amarante Advogados Associados, que representa famílias de dez vítimas do acidente aéreo e se juntou ao escritório americano Lieff Cabraser Heimann & Berstein, sediado em São Francisco, Estados Unidos para atuarem na ação indenizatória.
As conclusões dos advogados partem de uma investigação paralela sobre o acidente conduzida pelo perito americano Hans Peter Graff que teve acesso a informações sigilosas e, segundo os advogados, conclusivas com relação à identificação dos responsáveis pelo acidente. As mesmas informações fizeram com que as famílias não ajuizassem nenhuma ação contra a Gol e contra a Boeing.
Ainda não há um valor estipulado para as indenizações, que devem variar de acordo com o perfil de cada vítima. Segundo Leonardo Amarante processo pode levar entre um ano e meio e dois anos.
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