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Violência entre comunidades deixa mais de 100 mortos no Chade
Confrontos entre membros das comunidades árabe e não-árabe do Chade deixaram mais de cem mortos na semana passada no sudeste do país, uma região já em estado de tensão devido aos recentes conflitos entre o Exército e rebeldes chadianos.
De acordo com o ministro da Administração Territorial, Ahmat Mahamat Bachir, um "problema", cuja natureza ele não precisou, acirrou a rivalidade no dia 31 de outubro entre árabes e kibets, tribos não árabes, na região do Salamat.
Os primeiros choques deixaram três mortos de cada lado, mas a situação se degradou rapidamente.
"Os árabes de regiões vizinhas se organizaram em seguida para atacar as aldeias dos kibets", relatou nesta terça-feira o ministro por telefone em Am-Timan, capital da região do Salamat, 600 km a leste de N''Djamena.
"A situação se acalmou há três dias", assegurou.
Mas o balanço é preocupante, "mais de uma centena de mortos", além "de feridos, deslocados e várias aldeias incendiadas", afirmou Ahmat Mahamat Bachir, sem informar se alguma comunidade havia sido mais prejudicada que a outra.
Segundo o presidente da Liga Chadiana dos Direitos do Homem (LTDH, em francês) Massalbaye Tenebaye, a violência deixou "mais de 140 mortos e 38 pessoas gravemente feridas". Uma dezena de aldeias situadas entre 35 e 80 km ao norte de Am-Timan ficaram "destruídas", ou seja "mais de 400 casas completamente queimadas", afirmou à AFP.
Para este defensor dos direitos humanos, "é muito difícil estabelecer um balanço definitivo" porque vários membros destas comunidades ainda estariam "na mata" por temerem uma nova onda de violência.
"Viemos ao local para avaliar os danos e realizar investigações", explicou o ministro, que está no Salamat há três dias.
A região do Salamat, fronteiriça com a República Centro-Africana e situada não muito distante do Darfur sudanês, foi palco no final de outubro de enfrentamentos entre o Exército e rebeldes chadianos da União das Forças para a Democracia e o Desenvolvimento (UFDD). Os rebeldes chegaram a ocupar Am-Timan por pouco tempo no dia 23 de outubro antes de se retirarem para o leste.
Um dos chefes dos rebeldes da UFDD, seu vice-presidente Acheikh Ibn Oumar, é árabe. No passado, após os ataques rebeldes, as organizações de defesa dos direitos do Homem lamentaram as represálias infligidas às comunidades de onde eram originários os guerrilheiros.
A violência intercomunitária, freqüentemente ligada a antigas rivalidades ou disputas fundiárias, se intensificou nos últimos anos no Chade.
"Em 2003, já haviam ocorrido confrontos entre árabes e kibets pelo acesso à água e às terras", lembrou Massalbaye Tenebaye.
"Estamos muito preocupados com uma eventual generalização dos conflitos armados entre as comunidades", alertou. "Já que o Governo não tem o controle do país, todos tomaram a direção da guerra".
De acordo com o ministro da Administração Territorial, Ahmat Mahamat Bachir, um "problema", cuja natureza ele não precisou, acirrou a rivalidade no dia 31 de outubro entre árabes e kibets, tribos não árabes, na região do Salamat.
Os primeiros choques deixaram três mortos de cada lado, mas a situação se degradou rapidamente.
"Os árabes de regiões vizinhas se organizaram em seguida para atacar as aldeias dos kibets", relatou nesta terça-feira o ministro por telefone em Am-Timan, capital da região do Salamat, 600 km a leste de N''Djamena.
"A situação se acalmou há três dias", assegurou.
Mas o balanço é preocupante, "mais de uma centena de mortos", além "de feridos, deslocados e várias aldeias incendiadas", afirmou Ahmat Mahamat Bachir, sem informar se alguma comunidade havia sido mais prejudicada que a outra.
Segundo o presidente da Liga Chadiana dos Direitos do Homem (LTDH, em francês) Massalbaye Tenebaye, a violência deixou "mais de 140 mortos e 38 pessoas gravemente feridas". Uma dezena de aldeias situadas entre 35 e 80 km ao norte de Am-Timan ficaram "destruídas", ou seja "mais de 400 casas completamente queimadas", afirmou à AFP.
Para este defensor dos direitos humanos, "é muito difícil estabelecer um balanço definitivo" porque vários membros destas comunidades ainda estariam "na mata" por temerem uma nova onda de violência.
"Viemos ao local para avaliar os danos e realizar investigações", explicou o ministro, que está no Salamat há três dias.
A região do Salamat, fronteiriça com a República Centro-Africana e situada não muito distante do Darfur sudanês, foi palco no final de outubro de enfrentamentos entre o Exército e rebeldes chadianos da União das Forças para a Democracia e o Desenvolvimento (UFDD). Os rebeldes chegaram a ocupar Am-Timan por pouco tempo no dia 23 de outubro antes de se retirarem para o leste.
Um dos chefes dos rebeldes da UFDD, seu vice-presidente Acheikh Ibn Oumar, é árabe. No passado, após os ataques rebeldes, as organizações de defesa dos direitos do Homem lamentaram as represálias infligidas às comunidades de onde eram originários os guerrilheiros.
A violência intercomunitária, freqüentemente ligada a antigas rivalidades ou disputas fundiárias, se intensificou nos últimos anos no Chade.
"Em 2003, já haviam ocorrido confrontos entre árabes e kibets pelo acesso à água e às terras", lembrou Massalbaye Tenebaye.
"Estamos muito preocupados com uma eventual generalização dos conflitos armados entre as comunidades", alertou. "Já que o Governo não tem o controle do país, todos tomaram a direção da guerra".
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262518/visualizar/
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