Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 03:09
Por: José Maria Tomazela

    Imprimir


Um usuário que viajar de automóvel passando pelos 331 pedágios instalados no Brasil vai gastar R$ 1,737 mil. A mesma viagem, feita de ônibus ou de caminhão com 4 eixos, irá custar R$ 6.184,90 só de pedágio. O levantamento, feito pelo SOS Estradas, programa de redução de acidentes nas rodovias, faz parte de um estudo comparativo sobre a concessão de rodovias no Brasil e no exterior, a ser lançado em janeiro.

O coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, destaca que tais valores não são definitivos. Com a concessão de oito novos trechos de rodovias federais prevista no plano de logística de transportes do governo, serão instaladas 62 novas praças de cobrança nos próximos anos. "O país passará a ter 393 pedágios e o custo vai aumentar".

O pedágio brasileiro, informa Rizzotto, está entre os mais caros do mundo. Nas rodovias federais, o valor médio por km é de R$ 0,07, o mesmo cobrado nos Estados Unidos. Já nas rodovias paulistas, o preço por km sobe para R$ 0,11. O Brasil possui também a maior malha viária concedida. O objetivo do estudo é colocar em discussão as futuras concessões, já que as atuais estão "engessadas" pelos contratos. "Não somos contra as concessões, mas é preciso que elas atendam o interesse público".

Pesquisas on line feitas pela entidade com cerca de 15 mil usuários revelaram que 61% são favoráveis à concessão para a melhora das condições das rodovias, mas 92% consideram o valor do pedágio alto. E para 84%, as concessionárias não são bem fiscalizadas. Atualmente, são quase 10 mil km de rodovias concedidas, sendo 3,5 mil em São Paulo, 2,5 mil no Paraná, 2,5 mil no Rio Grande do Sul e 666 km no Rio de Janeiro. Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo têm pequenos trechos sob concessão.

No ranking dos pedágios, São Paulo lidera com 159 praças, seguido do Rio Grande do Sul com 73, Paraná com 56 e Rio de Janeiro com 29. Bahia e Espírito Santo têm 4 postos cada, Minas Gerais, Ceará e Mato Grosso do Sul, 2. Segundo Rizzotto, falta transparência nas concessões.

"Em São Paulo, o relatório com a fiscalização das concessionárias nem aparece no site da Artesp, a agência responsável". Segundo ele, apesar de as concessões representarem menos de 7% do total da malha pavimentada, correspondem a 60% das rodovias com pista dupla e a 50% de todo o tráfego.




Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262632/visualizar/