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Polícia Brasil
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 02:41

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Por unanimidade, o traficante Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, foi condenado a 444 anos e seis meses de prisão, sob a acusação de ordenar o ataque ao ônibus 350, em 29 de novembro do ano passado, na Penha, Rio de Janeiro, quando morreram cinco pessoas - entre elas um bebê de um ano e seis meses - e 16 pessoas ficaram feridas.

A sentença foi lida, às primeiras horas da madrugada desta terça-feira, pelo juiz do 2º Tribunal do Júri. Lorde foi considerado culpado por ordenar que o ônibus fosse incendiado com os passageiros dentro. Ele foi condenado por cinco homicídios e 16 tentativas de homicídio.

O traficante é o segundo acusado condenado pelo atentado ao 350. Na semana passada, o líder comunitário Alberto Maia da Silva, acusado de ter comprado a gasolina para incendiar o ônibus, foi condenado a 309 anos e cinco meses de cadeia.

O julgamento de Sheila Messias Nogueira, que teria feito sinal para o veículo parar, foi adiado para dia 4. Defesa e acusação liberaram as quatro testemunhas que seriam ouvidas nesta segunda-feira.

Durante o julgamento, Lorde preferiu ficar em silêncio. Sua namorada, Brenda Liser dos Santos, foi chamada como testemunha de acusação e chegou ao Fórum disfarçada com peruca e óculos escuros, para driblar a imprensa.

Acusação de namorada Apesar de Brenda ter sido dispensada do tribunal, o promotor leu trechos do depoimento dela à Justiça, no qual acusou o namorado de ter ordenado o crime e de não ter permitido que os passageiros do ônibus saíssem. Ela contou ter passado o dia 29 de novembro tomando sol com Lorde em uma laje no morro da Fé.

Por volta das 18h, durante um churrasco, o bandido teria recebido ligação do presidente da Associação de Moradores da Vila Pequeri, Alberto Maia da Silva, o Beto. O telefonema teria avisado sobre a morte de Ciborgue, um traficante da favela, e Lorde, segundo a promotoria, ordenou que as pessoas fizessem manifestação, queimando um ônibus, sem deixar ninguém sair.

"Ele disse que era a segunda vez que matavam um irmão e que, dessa vez, fariam como nunca tinham feito. Lorde mandou convocar a comunidade para matar e ferir aquelas pessoas", afirmou o promotor, diante do júri e do juiz Luiz Noronha Dantas.





Fonte: O Dia

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