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Internacional
Terça - 07 de Novembro de 2006 às 02:27

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Um juiz argentino ordenou a detenção do ex-chefe da Marinha Jorge Isaac Anaya e de outros 34 oficiais desta força, no processo que investiga crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura na Escola de Mecânica da Armada (Esma), informou uma fonte da Justiça nesta segunda-feira.

O juiz federal Sergio Torres ordenou as prisões, ao considerar provados 250 casos de seqüestros e torturas ocorridos em um dos maiores campos de concentração durante o regime militar (1976/83) e pelo qual passaram cerca de 5 mil pessoas. Destas, não mais do que 100 sobreviveram.

Anaya integrou a 3ª Junta Militar que governou o regime, junto com o general do Exército Leopoldo Galtieri e o brigadeiro Arturo Lami Dozo.

Esta Junta decidiu, em 1982, o desembarque de tropas nas Ilhas Malvinas e, após 82 dias de combate, perdeu a guerra contra a Grã-Bretanha, na qual 649 argentinos e 255 britânicos morreram.

Testemunhas disseram ao juiz que Anaya fez parte dos vôos da Marinha que transportavam os presos que eram jogados no mar.

O militar já foi acusado pela Promotoria no histórico Julgamento das Juntas por 236 casos de seqüestros, tortura e prisão ilegal, mas depois foi absolvido pela Câmara Federal.

Torres reabriu a investigação pelos crimes na Esma há três anos, depois que o Congresso declarou nulas as leis de Anistia.





Fonte: AFP

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