Comandante militar afirma que as Farc estão enfraquecidas
O chefe militar, em entrevista ao jornal "El Tiempo", o de maior circulação no país, disse que os recentes golpes terroristas dessa organização armada ilegal buscam desmoralizar a população.
"Os colombianos devem entender que estes atos terroristas querem desmoralizar e acabar com a determinação de enfrentar o terrorismo" disse, afirmando que por isso "é preciso manter a fé nas instituições e no presidente (colombiano, Álvaro Uribe)".
Na entrevista, Padilla de León afirmou que o número de combatentes das Farc - a maior e mais antiga guerrilha do país - diminuiu de 17.000 para 11.000 desde 2002, como resultado da política de segurança do Governo e do apoio da população à força pública.
Segundo o general, hoje está mais perto do fim e, com seus atos, as Farc pretendem confundir a opinião pública.
O comandante das Forças Militares também afirmou que o grupo tem atualmente um déficit de armas e de munição, devido aos contínuos golpes contra suas redes de abastecimento.
Segundo Padilla de León, diante da impossibilidade de cometer ações de alguns anos atrás, como a tomada de povoados, a organização armada ilegal recorreu a atos terroristas que só precisam de duas pessoas e pouca informação, para gerar grande impacto e difusão.
Além disso, a mobilidade das Farc por rios e estradas na antiga zona de distensão - de 42.139 quilômetros quadrados, nas selvas do sul do país, que foi desmilitarizada para um frustrado processo de paz pelo Governo do presidente Andrés Pastrana (1998-2002) - é coisa do passado, pois as Forças Militares tiraram o controle das Farc nessa região, disse.
Sobre a morte de 17 policiais e três civis em Tierradentro, localidade do noroeste do país, em 1 de novembro pelas Farc, o chefe militar disse que esta organização ilegal fracassou "por não ser capaz de tomar" a pequena população usando seus habitantes como escudos humanos e que foi "defendida valentemente por 70 policiais.
Disse que o objetivo desse ataque das Farc, consideradas um grupo terrorista pelos EUA e pela União Européia, era proteger a qualquer custo os cultivos ilegais que por anos estiveram nessa região e onde o Governo iniciará em breve sua destruição com fumigação aérea.
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