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Carnes e água e esgoto pressionam inflação em São Paulo
Maiores custos de água e esgoto e carnes pressionaram a inflação em São Paulo para acima das expectativas do mercado.
Para os próximos dois meses do ano, ainda existem incertezas, mas se forem realizados todos os aumentos que estão sendo cogitados, a inflação pode acumular no bimestre a mesma taxa que acumulou no ano até outubro, fazendo a taxa ficar no teto da previsão da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu em outubro 0,39 por cento, ante alta de 0,25 por cento em setembro, informou a Fipe nesta segunda-feira.
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, uma inflação de 0,32 por cento.
"Os grandes dois grupos de pressão foram alimentação e habitação", disse Paulo Pichhetti, coordenador do índice.
Os preços de Alimentação avançaram 1,22 por cento no mês passado, uma aceleração ante o avanço de 0,88 por cento em setembro.
"Os industrializados e os in natura subiram, mas o grande fator do mês, entre os alimentos, foi carnes", acrescentou Pichheto.
Os preços das carnes bovinas elevaram-se em 6,42 por cento e os das aves, 14,07 por cento, sendo o frango o item com maior contribuição individual para o índice, de 0,12 ponto percentual.
Esses produtos vêm subindo devido à entressafra do setor agropecuário e ao aumento das exportações do frango, que diminuem a oferta doméstica.
A segunda maior contribuição individual veio do item água e esgoto, com aumento de 4,87 por cento e impacto de 0,11 ponto no IPC.
Com isso, o grupo Habitação passou de pequena deflação, de 0,01 por cento, em setembro para alta de 0,43 por cento em outubro.
Os grupos Transportes, Despesas pessoais e Vestuário foram os únicos que apresentaram deflação no mês. Os preços de Transportes caíram 0,18 por cento, enquanto os preços do grupo de Despesas pessoais registraram queda de 0,10 por cento e os de Vestuário apuraram queda de 0,09 por cento.
INCERTEZAS EM NOVEMBRO E DEZEMBRO
Para novembro e dezembro, a previsão de Pichhetti é de uma inflação em torno de 0,30 por cento em cada mês, com o ano encerrando na ponta mais baixa de sua faixa de previsão, de 1,6 a 2 por cento.
No ano até outubro, a inflação em São Paulo está acumulada em 1,07 por cento.
No entanto, as previsões de Pichhetti podem ter que ser revisadas para cima se ocorrerem, "como vem falando a imprensa", ressaltou ele, aumentos de transporte público, de cigarro —como já ocorreu em outras capitais— e dos derivados de trigo.
Se eles forem feitos, a inflação nos dois últimos meses do ano pode ficar um pouco acima de 1 por cento.
"É difícil fazer previsão para novembro e outubro e para o ano. Se esses aumentos ocorrerem, a inflação fecha o ano em 2 por cento, se não ocorrerem, fecha em 1,6 por cento."
Em novembro, só estão confirmados aumentos de preços de condomínio e um resto de impacto da tarifa de água e esgoto, afirmou Pichhetti.
O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.
Para os próximos dois meses do ano, ainda existem incertezas, mas se forem realizados todos os aumentos que estão sendo cogitados, a inflação pode acumular no bimestre a mesma taxa que acumulou no ano até outubro, fazendo a taxa ficar no teto da previsão da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu em outubro 0,39 por cento, ante alta de 0,25 por cento em setembro, informou a Fipe nesta segunda-feira.
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, uma inflação de 0,32 por cento.
"Os grandes dois grupos de pressão foram alimentação e habitação", disse Paulo Pichhetti, coordenador do índice.
Os preços de Alimentação avançaram 1,22 por cento no mês passado, uma aceleração ante o avanço de 0,88 por cento em setembro.
"Os industrializados e os in natura subiram, mas o grande fator do mês, entre os alimentos, foi carnes", acrescentou Pichheto.
Os preços das carnes bovinas elevaram-se em 6,42 por cento e os das aves, 14,07 por cento, sendo o frango o item com maior contribuição individual para o índice, de 0,12 ponto percentual.
Esses produtos vêm subindo devido à entressafra do setor agropecuário e ao aumento das exportações do frango, que diminuem a oferta doméstica.
A segunda maior contribuição individual veio do item água e esgoto, com aumento de 4,87 por cento e impacto de 0,11 ponto no IPC.
Com isso, o grupo Habitação passou de pequena deflação, de 0,01 por cento, em setembro para alta de 0,43 por cento em outubro.
Os grupos Transportes, Despesas pessoais e Vestuário foram os únicos que apresentaram deflação no mês. Os preços de Transportes caíram 0,18 por cento, enquanto os preços do grupo de Despesas pessoais registraram queda de 0,10 por cento e os de Vestuário apuraram queda de 0,09 por cento.
INCERTEZAS EM NOVEMBRO E DEZEMBRO
Para novembro e dezembro, a previsão de Pichhetti é de uma inflação em torno de 0,30 por cento em cada mês, com o ano encerrando na ponta mais baixa de sua faixa de previsão, de 1,6 a 2 por cento.
No ano até outubro, a inflação em São Paulo está acumulada em 1,07 por cento.
No entanto, as previsões de Pichhetti podem ter que ser revisadas para cima se ocorrerem, "como vem falando a imprensa", ressaltou ele, aumentos de transporte público, de cigarro —como já ocorreu em outras capitais— e dos derivados de trigo.
Se eles forem feitos, a inflação nos dois últimos meses do ano pode ficar um pouco acima de 1 por cento.
"É difícil fazer previsão para novembro e outubro e para o ano. Se esses aumentos ocorrerem, a inflação fecha o ano em 2 por cento, se não ocorrerem, fecha em 1,6 por cento."
Em novembro, só estão confirmados aumentos de preços de condomínio e um resto de impacto da tarifa de água e esgoto, afirmou Pichhetti.
O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262710/visualizar/
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