Justiça dos EUA recebe ações sobre vôo 1907
O Boeing caiu depois de bater no ar em um Legacy da empresa de táxi-aéreo norte-americana ExcelAire. O avião comercial caiu em uma região de mata fechada, e todos os seus ocupantes morreram. Mesmo com os danos sofridos na colisão, o Legacy conseguiu pousar e nenhum dos seus sete ocupantes --seis norte-americanos-- ficou ferido.
Os processos serão contra a Boeing, que fabricou o avião da Gol; a ExcelAire, proprietária do jato Legacy que se chocou com o Boeing; e a Honeywell, que produziu o sistema de alarme anticolisão.
Ribbeck afirma que a Justiça dos Estados Unidos não exige provas para entrar com ação por danos morais ou materiais. Já no Brasil, segundo o advogado, é necessário primeiro identificar quem foi o responsável pelo acidente para depois acionar a Justiça.
"O governo [brasileiro] não pode dizer às famílias de quem é a culpa, e a lei não poderá oferecer uma compensação justa para estas famílias até que a culpabilidade de todas as partes seja estabelecida."
O advogado disse que o motivo pelo qual entrou com a ação tão rápido nos Estados Unidos é porque não quer que documentos "desapareçam".
Nas ações que vai entregar nesta segunda, Ribbeck disse que pedirá ao juiz que a Boeing forneça as informações sobre a fabricação do modelo 737 adquirido pela Gol. À ExcelAire, vai solicitar os registros do treinamento da tripulação do Legacy que estava no jato no dia do acidente. O advogado não revelou o valor pedido nas ações para indenizar as famílias das vítimas, mas adiantou que será de "alguns milhões de dólares".
Em um caso semelhante ocorrido na Argentina, Ribbeck afirmou ter conseguido uma indenização de US$ 400 milhões às famílias dos passageiros. Se conseguir convencer os juízes americanos no caso da Gol, o advogado ficará com 20% do valor recebido pelas famílias.
Os advogados estrangeiros foram contratados por iniciativa de familiares do publicitário Mário André Leite Lleras e do filho dele, Daniel Lleras, 5, mortos no acidente.
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