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Cai desembolso de crédito para custeio agrícola
O ritmo do desembolso do crédito de custeio no atual ano-safra 2006/07, iniciado em julho, está 35% mais lento que no ciclo passado. Dados do Banco Central também mostram que, nos primeiros três meses da safra, entre julho e setembro, as liberações de custeio somaram R$ 6,17 bilhões, 4,7% menos que em igual período da temporada 2005/06 (R$ 6,47 bilhões). No primeiro trimestre da safra passada, os desembolsos chegavam a 27% da programação. Neste ciclo, somam 20% do previsto.
"Está faltando capacidade de pagamento ao produtor para contratar mais crédito", diz o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edílson Guimarães. "O processo das renegociações das dívidas antigas também foi demorado". Segundo ele, porém, o atraso não deve prejudicar o plantio. "O produtor vai fazendo seus compromissos, adiantando seus planos. Ele não fica à espera apenas do crédito de custeio", diz.
O atraso na liberação está mais concentrado, segundo os dados, nos empréstimos com recursos da poupança rural, operados sobretudo pelo Banco do Brasil. O recuo nas aplicações chega a 36% até setembro. Foram emprestados R$ 1,68 bilhão, ante R$ 2,63 bilhões da safra passada. O desembolso relativo caiu de 30% para 19% na comparação. Os recursos da exigibilidade, a parcela de 25% de aplicação obrigatória no crédito rural pelos bancos, também registram defasagem. Até setembro, foram liberados 27% do total previsto - na safra passada, o volume chegava a 23% nesta altura da safra. Mesmo os recursos emprestados a juros livres de mercado caíram 55% na comparação, para R$ 1,46 bilhão.
Os dados elaborados pelo ministério evidenciam, ainda, uma redução na participação das aplicações de custeio em relação ao total dos créditos. Neste ano-safra, a fatia recuou 4,5 pontos percentuais em relação à média dos últimos dez ciclos. Da safra 1995/96 à passada, a participação caiu 12,6 pontos, passando de 86,5% para 73,9%. Se comparados os primeiros trimestres das duas últimas safras, é possível verificar uma queda de 77,3% para 74,8% na fatia do custeio sobre o crédito global.
Os formuladores da política agrícola crêem que o atraso na liberação de recursos para o custeio da atual safra não terão conseqüências graves para a colheita, de fevereiro a abril de 2007. "É relativo. Há três meses, as coisas estavam realmente difíceis. Agora, os preços estão reagindo, o mercado está ficando mais favorável", analisa Guimarães.
Os créditos para os programas de investimento no campo também minguaram nesta safra. O recuo chegou a 27% na comparação com o ciclo passado, para R$ 846 milhões. Dos oito programas sob a administração do BNDES, apenas o Prodefruta apresenta desembolso relativo superior à safra passada - 14% ante 11%. Todas as linhas registraram, até aqui, variação negativa no comparativo de aplicações. O Prodecoop (investimento em cooperativas) emprestou 63% menos até setembro. O Moderinfra (construção de armazéns e recuperação de solos e pastos) tem queda de 55%, para R$ 52 milhões. O Moderfrota (aquisição de máquinas agrícolas) recuou 39% no período, para R$ 210 milhões. "Continua o pé no freio dos produtores. Mas isso pode mudar na próxima safra", anima-se Edílson Guimarães.
"Está faltando capacidade de pagamento ao produtor para contratar mais crédito", diz o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edílson Guimarães. "O processo das renegociações das dívidas antigas também foi demorado". Segundo ele, porém, o atraso não deve prejudicar o plantio. "O produtor vai fazendo seus compromissos, adiantando seus planos. Ele não fica à espera apenas do crédito de custeio", diz.
O atraso na liberação está mais concentrado, segundo os dados, nos empréstimos com recursos da poupança rural, operados sobretudo pelo Banco do Brasil. O recuo nas aplicações chega a 36% até setembro. Foram emprestados R$ 1,68 bilhão, ante R$ 2,63 bilhões da safra passada. O desembolso relativo caiu de 30% para 19% na comparação. Os recursos da exigibilidade, a parcela de 25% de aplicação obrigatória no crédito rural pelos bancos, também registram defasagem. Até setembro, foram liberados 27% do total previsto - na safra passada, o volume chegava a 23% nesta altura da safra. Mesmo os recursos emprestados a juros livres de mercado caíram 55% na comparação, para R$ 1,46 bilhão.
Os dados elaborados pelo ministério evidenciam, ainda, uma redução na participação das aplicações de custeio em relação ao total dos créditos. Neste ano-safra, a fatia recuou 4,5 pontos percentuais em relação à média dos últimos dez ciclos. Da safra 1995/96 à passada, a participação caiu 12,6 pontos, passando de 86,5% para 73,9%. Se comparados os primeiros trimestres das duas últimas safras, é possível verificar uma queda de 77,3% para 74,8% na fatia do custeio sobre o crédito global.
Os formuladores da política agrícola crêem que o atraso na liberação de recursos para o custeio da atual safra não terão conseqüências graves para a colheita, de fevereiro a abril de 2007. "É relativo. Há três meses, as coisas estavam realmente difíceis. Agora, os preços estão reagindo, o mercado está ficando mais favorável", analisa Guimarães.
Os créditos para os programas de investimento no campo também minguaram nesta safra. O recuo chegou a 27% na comparação com o ciclo passado, para R$ 846 milhões. Dos oito programas sob a administração do BNDES, apenas o Prodefruta apresenta desembolso relativo superior à safra passada - 14% ante 11%. Todas as linhas registraram, até aqui, variação negativa no comparativo de aplicações. O Prodecoop (investimento em cooperativas) emprestou 63% menos até setembro. O Moderinfra (construção de armazéns e recuperação de solos e pastos) tem queda de 55%, para R$ 52 milhões. O Moderfrota (aquisição de máquinas agrícolas) recuou 39% no período, para R$ 210 milhões. "Continua o pé no freio dos produtores. Mas isso pode mudar na próxima safra", anima-se Edílson Guimarães.
Fonte:
MidiaNews
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/262831/visualizar/
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