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Internacional
Domingo - 05 de Novembro de 2006 às 18:56

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Um britânico e um americano seqüestrados de um navio petroleiro na costa do Estado de Bayelsa, no sul da Nigéria, serão libertados na segunda-feira após quatro dias em cativeiro, disse hoje o governo do Estado.

A captura dos dois funcionários da empresa norueguesa Petroleum Geo-Services, na quinta-feira, foi o último de uma série de ataques a estrangeiros no país, oitavo maior exportador de petróleo. A violência já obrigou centenas de trabalhadores a deixar a Nigéria e reduziu em 500 mil barris por dia a produção desde fevereiro.

"Os reféns serão libertados até no máximo amanhã à noite. Esperávamos que fossem soltos hoje, mas algo deu errado no último minuto", disse um porta-voz do Estado de Bayelsa.

Os funcionários foram levados por moradores envolvidos em disputas locais. "A comunidade está pedindo confortos básicos e também espera conseguir algum dinheiro com isso, mas estamos tentando evitar uma situação em que tenhamos de pagar resgate", acrescentou.

Homens armados a bordo de embarcações ocuparam o navio ao amanhecer e levaram apenas os dois funcionários. Outros trabalhadores da PGS, empresa especializada em exploração, não foram feridos. Vários seqüestros recentes foram feitos para pedir resgate, embora militantes que exigem maior autonomia regional estejam ganhando força. Disputas entre as empresas de petróleo e as comunidades sobre empregos e outros benefícios é outro fator por trás dos seqüestros.

Os reféns raramente são maltratados na Nigéria, onde, em geral, são soltos após a entrega do dinheiro. Bayelsa é um dos principais Estados produtores de petróleo da Nigéria, situado no coração do Delta do Niger, uma vasta região alagada onde fica a maior parte da riqueza de petróleo local.

A violência no delta é alimentada pela pobreza e corrupção. Muitos moradores ressentem a existência de contratos bilionários com empresas internacionais de petróleo, que abalaram o meio ambiente e trouxeram poucos benefícios à região. O Movimento pela Emancipação do Delta do Niger, grupo militante cujos ataques e seqüestros em fevereiro forçaram a Royal Dutch Shell a diminuir em 500 mil barris sua produção diária, afirmou na semana passada que pretende retomar seus ataques na próxima semana.





Fonte: Reuters

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