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Domingo - 05 de Novembro de 2006 às 15:59

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Desde o último dia 21, o SBT aderiu à onda televisiva dos "reality shows" de dança com a estréia do Bailando por um Sonho. Acostumado a inserir a sua grade programas que deram certo no exterior e que estão dando certo em outras emissoras brasileiras, Silvio Santos resolveu apostar em mais um "clone" do Dancing With the Stars, da BBC.

No entanto, o novo genérico do "homem do Baú" deixa muito a desejar. A começar pela longa duração e pelo caráter apelativo do programa, que aposta no sonho de anônimos para sensibilizar o público e ressuscita nomes desaparecidos há tempos da tevê brasileira. Entre os convidados, estão o nadador Fernando Scherer, a atriz Luciana Vendramini, a ex-globeleza Valéria Valenssa e a ex-apresentadora e atriz Virginia Nowicki.

Diferentemente do que aconteceu e acontece com os bem-sucedidos Dança dos Famosos e Dança no Gelo, quadros do Domingão do Faustão baseados respectivamente no Dancing With the Stars, da BBC, e no Skating With Celebrities, da Fox, o Bailando por um sonho conta também com a participação de anônimos. Toda semana, dez trios formados por um artista, um "sonhador anônimo" e um coreógrafo apresentam um número de dança, depois de uma semana de treinamento. O trio se apresenta para um júri formado por quatro especialistas em dança.

Um dos jurados é sorteado por Silvio Santos e vai para o camarim. Lá, ele coloca a nota secreta do trio em um envelope, que é entregue aos participantes no último bloco do programa.

A apresentação dos dez trios, sempre aos sábados e com reprise aos domingos, é analisada pelo júri especializado, que permanece o mesmo a cada programa. O que muda é o jurado que vai para o camarim. O mais curioso no "julgamento", contudo, é que os jurados que ficam no palco com Silvio Santos quase sempre discordam do jurado que fica no camarim. Fica evidente que as notas são dadas pela simpatia dos trios e não pela qualidade do ritmo que dançaram. Mas o que chama mais a atenção é a forma apelativa como Silvio Santos trata os sonhos dos anônimos.

Com uma locução para lá de melosa, os sonhos dos concorrentes são mostrados antes de cada dança em um VT absurdamente dramático.

Como a cada programa os dois trios com a menor nota do júri vão para votação do público - que pode participar por telefone, internet e mensagem de celular, salvando seu casal preferido -, Silvio Santos cansa ao lembrar isso a toda hora. A cada bloco, o apresentador menciona a essa segunda chance dada aos trios que ficaram na "lanterna" e aproveita para lembrar que os sonhadores vencedores recebem um prêmio de R$ 10 mil a cada semana, enquanto o artista e o coreógrafo ganham um relógio de ouro. Outro ponto negativo do programa é a participação da jornalista Cíntia Benini. Responsável pelas entrevistas após as apresentações no palco, ela está totalmente fora de sintonia.

Mas o mais impressionante no Bailando por um Sonho é a escolha dos figurinos. Com roupas cafonas, os trios parecem que estão fantasiados para um desfile de Carnaval do grupo de acesso ou com roupas alugadas para um casamento brega. O discurso cansativo e debochado de Silvio Santos também é lamentável. Talvez por isso o programa tenha registrado uma boa audiência somente na estréia, com média de 11 pontos. No segundo programa, a audiência caiu para 7 pontos.

Apesar de tudo, vale a pena conferir o desempenho dos participantes. Afinal, não há nada mais divertido do que assistir ao cantor e aspirante a dançarino Sidney Magal dançando rock com a "sonhadora" e com a coreógrafa. Muitas vezes, os anônimos dão banho nos artistas e mostram que realmente merecem vencer. Analisar o desempenho dos participantes talvez seja o único atrativo do Bailando por um Sonho.





Fonte: TV Press

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