Organismo pode demorar até cinco dias para se adequar ao horário de verão

Do G1 - O horário de verão começou na madrugada deste domingo (5). À meia-noite de sábado, os moradores dos estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal tiveram que adiantar o relógio em uma hora.

A medida tem como objetivo reduzir os gastos de energia. O Governo federal afirma que a medida preserva o sistema de abastecimento e provoca economia equivalente ao dobro do consumo de Brasília durante o horário de pico (entre 19h e 21h).

Mas tem muita gente que não gosta da mudança e tem problemas para se adaptar. Segundo a neurologista Maria Eduarda Nobre, o organismo pode demorar de dois a cinco dias para se acostumar com a alteração no relógio. Isso acontece por causa da melatonina, uma substância produzida no escuro e que desencadeia o sono. Na claridade, a produção pára.

O novo horário antecipa esse bloqueio porque acordamos uma hora mais cedo. “A pessoa vai acordar precocemente e vai apresentar, principalmente nos primeiros dias, sintomas de sonolência, mal-estar, irritabilidade e alterações no humor”, aponta a médica.

Mesmo nos estados onde o horário de verão não é implantado, os moradores sofrem as conseqüências. Na Bahia, as agências bancárias do interior vão ter que antecipar em uma hora o atendimento ao público, por causa do serviço de compensação de cheques. Apenas em Salvador e na região metropolitana o funcionamento dos bancos continua normal.

A alteração é válida por três meses. No dia 25 de fevereiro de 2007, os relógios deverão ser atrasados em uma hora.