Prefeito de Taipé lidera manifestação por renúncia de presidente
Ma, que é o mais provável candidato presidencial pelo opositor Partido Kuomintang (KMT) às eleições de 2008, reiterou o pedido para que Chen renuncie, se não quiser enfrentar uma escalada de protestos.
A procuradoria do Tribunal Supremo acusou Chen nesta sexta-feira de corrupção junto com sua esposa, Wu Shu-chen, que será processada em breve, enquanto o governante está protegido pela imunidade constitucional.
O KMT organizou neste sábado outra manifestação na cidade portuária de Kaohsiung, a segunda maior da ilha, na qual participaram milhares de pessoas.
A oposição continua à espera da decisão do governista Partido Democrata Progressista (PDP) sobre a destituição ou a renúncia de Chen, e não quer organizar mobilizações em grande escala contra o presidente para evitar enfrentamentos violentos.
Em setembro, a campanha "Um milhão de Vozes contra a corrupção", encabeçada pelo ex-aliado de Chen, Shih Ming-teh, conseguiu reunir mais de meio milhão de pessoas para pedir a destituição do atual presidente taiuanês.
O PDP deu a Chen na sexta-feira um prazo de três dias para explicar sua participação nas acusações de corrupção e falsificação de documentos em um orçamento estatal.
O presidente de Taiwan conta com um forte apoio entre milhões de independentistas taiuaneses, que nas últimas semanas protagonizaram violentos enfrentamentos contra detratores do governante.
Chen e sua esposa negaram em reiteradas ocasiões os delitos de corrupção.
No entanto, o presidente taiuanês reconheceu ter utilizado faturas alheias para justificar despesas de seu orçamento discricional, que dedicou supostamente à diplomacia secreta da ilha.
O Kuomintang anunciou mais manifestações contra a corrupção, nos próximos sábados e domingos, antes das eleições municipais de Taipé e Kaohsiung, que acontecerão em 9 de dezembro.
Comentários