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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 04 de Novembro de 2006 às 17:04

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O presidente do México, Vicente Fox, pediu hoje que o fenômeno migratório na região ibero-americana seja enfrentado com inteligência e garantiu que, dessa maneira, este pode se transformar numa "fortaleza".

"Fortaleza dos dois lados, do que perde e do que integra aqueles que emigram", disse Fox ao discursar na primeira sessão plenária dos governantes que foram a Montevidéu para a XVI Cúpula Ibero-Americana, cujo tema central são as migrações e como elas influenciam o desenvolvimento.

O presidente mexicano também disse que a integração é uma boa forma de criar essa "fortaleza" e, como exemplo, citou o caso dos países da América Central.

"A velocidade da integração centro-americana, tão eficaz, é um exemplo. As fronteiras estão desaparecendo, há livre circulação de pessoas e de mercadorias. Isso nos inspira muito, nos incentiva a ver que há como conseguir uma integração que produza resultados concretos", afirmou.

Sobre essa base, Fox propôs "trabalhar para dentro" e disse que, se cada um "fizer sua parte" nas relações regionais, mais se conseguirá o "coletivismo" sonhado.

"Criar uma sinergia verdadeira entre os países é um caminho que, certamente, vai criar bons dividendos", disse o líder mexicano.

Fox não abordou em seu discurso o tema do muro que os Estados Unidos construirão na fronteira com seu país com o objetivo de impedir a entrada de imigrantes mexicanos.

Os chanceleres aprovaram ontem uma proposta que rejeita a iniciativa americana. O documento será anexado à declaração que os governantes ibero-americanos assinarão no domingo, quando termina a cúpula.

Fox disse que a resolução sobre as migrações - seu país tem mais de 11 milhões de emigrantes -, será "uma contribuição importante não só em nível global, mas também para a América do Norte, a América Central e a América do Sul".

"Certamente, a declaração terá repercussões fortes e positivas. A migração é um tema que, se trabalhado com inteligência, podemos transformar numa fortaleza para os dois lados, o que perde e o que integra", afirmou.

"A união faz a força. Estamos convictos de que continuaremos trabalhando nisso e acho que temos um trabalho duro para todo o ano, para chegarmos com propostas e tarefas concretas a nossa próxima reunião", acrescentou.





Fonte: EFE

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