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Sexta - 08 de Março de 2013 às 06:54
Por: KAMILA ARRUDA

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O presidente da Câmara João Emanuel foi um dos que se pronunciaram contra a truculência dos policiais
O presidente da Câmara João Emanuel foi um dos que se pronunciaram contra a truculência dos policiais
Indignados com as atitudes dos policiais da Rotam durante manifesto dos estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, os vereadores irão formar uma comissão e levar seu protesto ao secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre Bustamante. A proposta é da vereadora Lueci Ramos (PSDB) e apoiada pelos demais parlamentares. 

Uma moção de repúdio contra os policiais também será proposta pelos vereadores. Para o presidente do Legislativo, vereador João Emanuel, os policiais agiram de forma arbitrária e truculenta. 

Além disso, o social-democrata também saiu em defesa dos advogados que foram agredidos por policiais militares no Cisc Planalto, ao tentar fazer a defesa dos estudantes. 

“Não vamos admitir que vilipendiem do trabalho sério do advogado. A partir do momento que impedem um profissional de atuar, configura-se um cerceamento das prerrogativas inerentes à sua função e dos direitos públicos”. 

O vereador Mario Nadaf (PV), por sua vez, classificou o episódio como um “ato nefasto” por parte da Rotam. “A construção da democracia neste país ainda é obra inacabada. As agressões que os estudantes sofreram quando realizavam um movimento pacífico foi um ato nefasto, realmente truculento. A Rotam é para trabalhar contra o crime organizado. Está despreparada para controlar uma manifestação pacífica, como foi o caso. Atitudes dessa monta podem trazer um claro retrocesso democrático". 

De acordo com Toninho de Souza (PSD), são atitudes como estas que mancham a imagem da polícia mato-grossense perante a sociedade. ”Admiro o trabalho da Polícia. Mas não assino atos truculentos. São erros que precisam ser combatidos para não manchar a farda da PM. Aquilo foi um ato vergonhoso que a região da UFMT testemunhou, quando utilizaram força máxima. Temos visto rodovias federais (070, 163 e Imigrantes) interditadas por sem-terra armados com enxadas e foices, ou por pescadores profissionais. Isso não foi motivo de agressão por parte da PRF, que tem demonstrado preparo”. 

Os estudantes protestavam contra a decisão da reitora Maria Lúcia Cavalli Neder de cortar 50 vagas da Casa do Estudante – espaço cedido para abrigar estudantes de baixa renda provenientes de outras cidades. A desocupação deve acontecer até o próximo dia 22. 

Pelo menos 10 universitários foram parar no Pronto-Socorro da Capital com ferimentos causados, principalmente, por disparos de balas de borracha. Outros quatro acabaram presos, sendo encaminhados para o Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto. 

Os PMs alegam que os universitários “desobedeceram ordens”, ao não encerrar a manifestação. Por conta disso, optaram por agir desta maneira. 




Fonte: Do DC

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