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Internacional
Sábado - 04 de Novembro de 2006 às 15:41

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As comemorações do 50º aniversário da revolução húngara de 1956 contra o regime soviético terminam hoje acompanhadas de manifestações contra o Governo nas ruas de Budapeste.

Os atos oficiais, realizados no Parlamento junto aos túmulos dos revolucionários mortos nos confrontos com o Exército vermelho há 50 anos, assim como em outros lugares da capital, transcorreram pacificamente. As manifestações contra o Executivo devem ocorrer à tarde.

Os húngaros lembram hoje o esmagamento da revolução que explodiu em 23 de outubro de 1956 contra o regime comunista, dando lugar ao regime de Janos Kadar, que dirigiu o país até a queda do comunismo.

Para esta tarde está prevista uma marcha silenciosa com tochas, convocada pelo maior partido da oposição conservadora, o Fidesz, e pelos democratas cristãos (KDNP), que atravessará o centro da cidade.

Segundo fontes policiais, durante o dia serão organizados mais de 30 atos comemorativos e manifestações na cidade, sendo que dez terão que ser vigiadas pelos agentes de segurança pública, por causa do temor de distúrbios.

Grupos que durante mais de um mês pediram a renúncia do primeiro-ministro social-democrata, Ferenc Gyurcsany, depois que foi divulgada em 17 de setembro uma gravação em que o chefe de Governo admitia ter mentido para ganhar as eleições legislativas de abril, voltaram a se reunir hoje diante do prédio da televisão pública.

Na praça Szabadsag, onde fica o edifício da televisão, está também o monumento aos heróis soviéticos mortos na capital no fim da Segunda Guerra Mundial e os oradores estimularam os 200 manifestantes a derrubarem "o símbolo comunista".

Os governistas social-democratas (MSZP) e liberais (SZDSZ), e os conservadores de oposição do Partido Democrático Húngaro (MDF) realizaram juntos um ato de comemoração, colocando oferendas florais ao pé do monumento à revolução, sem a participação do Fidesz e do KDNP, que se negaram a participar das celebrações organizadas pelos partidos do Governo.

Segundo informações do Escritório de Segurança Nacional, teme-se que grupos de orientação ultradireitista entrem em confronto com a Polícia hoje à tarde.

O site de extrema direita "kuruc.info" publicou informações "úteis aos manifestantes", para o caso de confrontos com a Polícia, explicando como se pode minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo e como agir se for detido.

Em 23 de outubro, aniversário do início da revolução de 1956, manifestantes e policiais se enfrentaram em vários lugares da cidade.

Os agentes de segurança pública usaram bombas de gás lacrimogêneo, canhões de água e balas de borracha. Depois foram acusados pela oposição conservadora no Parlamento de terem se excedido na resposta violenta, deixando manifestantes feridos, entre eles mulheres e idosos.

Não apenas na capital, mas também em outras cidades do país, manifestações e comemorações foram convocadas para a tarde de hoje, quando é esperada a participação de centenas de pessoas.





Fonte: EFE

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