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Policia MT
Sexta - 08 de Março de 2013 às 05:43
Por: HELSON FRANÇA

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Rotam usou balas de borracha, tapas e chutes para controlar o protesto feito por 40 estudantes universitários
Rotam usou balas de borracha, tapas e chutes para controlar o protesto feito por 40 estudantes universitários
O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso afastou somente dois policiais da Ronda Tática Metropolitana que estiveram envolvidos na agressão a estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ocorrida na tarde desta quarta-feira (6), durante uma manifestação na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. 

No episódio, que terminou com 10 universitários no pronto-socorro da Capital, devido a ferimentos causados por socos, chutes, “pescotapas” e, principalmente, disparos de balas de borracha, participaram, pelo menos, 10 policiais da Rotam. 

Outros seis estudantes acabaram presos por desacato. Todos já foram liberados. Os universitários protestavam contra o corte de 50 vagas na Casa do Estudante, anunciado pela reitoria da UFMT. 

O tenente-coronel Paulo Serbija Ferreira Filho, coordenador de comunicação social e marketing da PM de Mato Grosso, afirma que na análise das imagens registradas pelos manifestantes – que se multiplicam na web, ganhando projeção nacional - só foi possível identificar dois policiais exercendo a força sobre alunos. 

Eles cumprirão funções administrativas até que a Corregedoria da PM apresente os resultados da investigação. As punições vão desde a advertência à exclusão da corporação. 

Serbija não descartou a possibilidade de afastar outros policiais, à medida que for acontecendo mais identificações. 

Como no ato foram usadas munições não letais, a PM instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta de todos os policiais envolvidos, como determina o regimento interno. 

Na ação, os policiais da Rotam não apresentavam qualquer tarja de identificação nas respectivas fardas. 

“Isso não é normal de acontecer. A situação não oferecia risco. O caso será devidamente avaliado”, pontuou o tenente-coronel. 

Ele disse que, por mais que as imagens falem por si só, ainda é precoce afirmar que houve exageros por parte dos policiais. 

“Aconteceu uma quebra da ordem pública e a polícia tem como missão restaurá-la, podendo, inclusive, usar da força para isso. A ação foi legal, porém, o procedimento é que pode não ter sido o mais correto”. 

Na ocasião, os estudantes bloquearam a Fernando Corrêa, no cruzamento com a entrada da Alziro Zarur (rua principal do bairro Boa Esperança). A interdição, iniciada por volta das 14h50, durou cerca de meia hora até ser duramente reprimida pela Rotam, que diz ter sido acionada pela reitoria da UFMT. 

SILVAL BARBOSA - Demonstrando certa irritação, o governador Silval Barbosa (PMDB) disse, na manhã desta quinta-feira (7), em evento realizado no Palácio Paiaguás, que a ação da PM foi circunstancial. 

“Da mesma forma que os estudantes alegam exageros por parte dos policiais, os policiais também relatam exageros por parte dos estudantes”, observou. 

O chefe do Executivo Estadual ressaltou que o Comandante Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Nerci Denardi, tomará todas as providências que o caso requer. 




Fonte: Do DC

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