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Economia
Sexta - 03 de Novembro de 2006 às 17:04

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Pesquisa de indicativos pecuários feita pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) revela um aumento de 4,61% no custo operacional total do setor, entre janeiro e agosto deste ano. O índice ultrapassa o dobro da inflação, que registrou 1,97% no mesmo período.

O levantamento foi feito em nove estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Goiás, São Paulo e Pará.

O Mato Grosso do Sul, que detém 15% do rebanho nacional, ocupa o primeiro lugar no aumento das cotações totais. Só de julho para agosto, o custo operacional total subiu 1%, puxado pelo bezerro, com aumento de 2,56%, pelas sementes forrageiras, reajustadas em 7,13%, e adubos e corretivos, que subiram 13,3%. No Paraná e Rondônia, conforme a pesquisa, a oferta reduzida de bezerros impediu a queda dos custos frente a julho.

O pecuarista invernista, ou seja, de engorda, nos dois estados, pagou mais pelo animal desmamado. De julho para agosto, a valorização do bezerro de oito a 12 meses, nelore, foi de 3,28% no Paraná e de 8,4% em Rondônia. O levantamento observa que produtores paranaenses mantiveram aquecida a demanda por bezerro mesmo com as geadas no Estado, que reduziram a quantidade de forragem remanescente no pasto.

PREÇO DO BOI

O levantamento indica ainda que a oferta limitada de animais favoreceu aumentos no período de entressafra. Em agosto, a arroba teve elevação de 10%, na média dos nove estados. No acumulado de janeiro a agosto, o aumento ponderado foi de 3,97%.

O Mato Grosso liderou as altas do boi em agosto, com elevação de preço de 20,56% sobre a média de julho, seguido por Rondônia e Paraná. A suspensão do embargo russo para as carnes mato-grossenses contribuiu para o aumento da arroba no Estado. As exportações estavam suspensas desde outubro de 2005, quando foram diagnosticados casos de febre aftosa no País.

A Rússia, que aparece como o maior mercado individual para a carne bovina in natura do Brasil, responsável por compras de US$ 319,5 milhões no período, habilitou 15 frigoríficos do Mato Grosso, aumentando para 27 as unidades brasileiras que podem exportar carne bovina para aquele país. No entanto, Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais ainda estão proibidos de vender carne bovina para os russos.





Fonte: 24HorasNews

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