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Vaticano considera tiros no consulado italiano de Istanbul incidente "isolado"
Os tiros disparados para o ar por um jovem muçulmano nesta quinta-feira diante da residência do cônsul da Itália em Istanbul para protestar contra a visita do Papa à Turquia foram considerados pelo Vaticano "um episódio isolado" que não vai influenciar a preparação da viagem. "Isto não impedirá o prosseguimento sereno da preparação da visita", declarou o padre Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa do Vaticano à agência Ansa.
"Não há preocupação para esta viagem do Santo Padre" que "irá a Ancara e Istanbul para reforçar o diálogo" entre as religiões, concluiu.
Um jovem de 26 anos foi detido nesta quinta-feira depois do episódio de protesto.
Ele atirou quatro vezes para o ar e jogou sua arma no jardim da residência do cônsul, no bairro de Beyoglu, depois de proferir insultos contra o Papa e pedir a anulação da visita do pontífice à Turquia, que deve acontecer entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro.
"Feliz é aquele que pode se dizer muçulmano!", clamou.
"Vou disparar uma bala na cabeça do homem que tratou o profeta Maomé de terrorista!", esbravejou o jovem quando estava sendo levado pelos policiais, registrou um fotógrafo da AFP.
Bento XVI ganhou na Turquia a fama de "Papa anti-turco" ao dizer - quando era então cardeal - que uma eventual adesão da Turquia à União Européia seria "um enorme erro" e "uma decisão contra a história".
Esta percepção se agravou quando ele vinculou o Islã à violência em um polêmico discurso.
Mais de 99% dos turcos são muçulmanos, apesar de a Turquia ser uma república laica.
O Vaticano disse também "estar informado" dos compromissos no exterior do primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, que não estará no país durante a próxima visita de Bento XVI.
Em comunicado oficial divulgado pela Santa Sé, o Vaticano reconheceu os esforços feitos até agora pelo dirigente turco para conseguir se reunir com o Papa Bento XVI.
Desta forma, o Vaticano responde aos artigos publicados pela imprensa italiana e internacional sobre as possíveis razões da ausência de Erdogan durante a visita.
"A Santa Sé foi informada, durante a preparação da viagem, da coincidência de data da visita do Pontífice com a importante realização da reunião de cúpula da OTAN na Letônia", diz o comunicado.
O Vaticano "foi informado, também, de que o chefe de governo turco gostaria se encontrar com o Papa, mas não podia dar certeza. Se não for possível estar presente, ele será substituído por outra importante autoridade do governo turco, ou seja, o vice-primeiro-ministro".
Segundo a imprensa italiana, Erdogan teria decidido se ausentar durante a visita do Papa depois da onda de críticas desatada em todo o mundo muçulmano por um controverso texto sobre o Islamismo lido em setembro por Bento XVI na Alemanha.
"Não há preocupação para esta viagem do Santo Padre" que "irá a Ancara e Istanbul para reforçar o diálogo" entre as religiões, concluiu.
Um jovem de 26 anos foi detido nesta quinta-feira depois do episódio de protesto.
Ele atirou quatro vezes para o ar e jogou sua arma no jardim da residência do cônsul, no bairro de Beyoglu, depois de proferir insultos contra o Papa e pedir a anulação da visita do pontífice à Turquia, que deve acontecer entre os dias 28 de novembro e 1 de dezembro.
"Feliz é aquele que pode se dizer muçulmano!", clamou.
"Vou disparar uma bala na cabeça do homem que tratou o profeta Maomé de terrorista!", esbravejou o jovem quando estava sendo levado pelos policiais, registrou um fotógrafo da AFP.
Bento XVI ganhou na Turquia a fama de "Papa anti-turco" ao dizer - quando era então cardeal - que uma eventual adesão da Turquia à União Européia seria "um enorme erro" e "uma decisão contra a história".
Esta percepção se agravou quando ele vinculou o Islã à violência em um polêmico discurso.
Mais de 99% dos turcos são muçulmanos, apesar de a Turquia ser uma república laica.
O Vaticano disse também "estar informado" dos compromissos no exterior do primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, que não estará no país durante a próxima visita de Bento XVI.
Em comunicado oficial divulgado pela Santa Sé, o Vaticano reconheceu os esforços feitos até agora pelo dirigente turco para conseguir se reunir com o Papa Bento XVI.
Desta forma, o Vaticano responde aos artigos publicados pela imprensa italiana e internacional sobre as possíveis razões da ausência de Erdogan durante a visita.
"A Santa Sé foi informada, durante a preparação da viagem, da coincidência de data da visita do Pontífice com a importante realização da reunião de cúpula da OTAN na Letônia", diz o comunicado.
O Vaticano "foi informado, também, de que o chefe de governo turco gostaria se encontrar com o Papa, mas não podia dar certeza. Se não for possível estar presente, ele será substituído por outra importante autoridade do governo turco, ou seja, o vice-primeiro-ministro".
Segundo a imprensa italiana, Erdogan teria decidido se ausentar durante a visita do Papa depois da onda de críticas desatada em todo o mundo muçulmano por um controverso texto sobre o Islamismo lido em setembro por Bento XVI na Alemanha.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/263648/visualizar/
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