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Internacional
Quinta - 02 de Novembro de 2006 às 18:27

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O trabalho da Otan no Afeganistão seria mais eficiente se existissem mais tropas e, principalmente, se os países aliados cumprissem seus compromissos a este respeito, disse hoje o representante civil da Aliança para o Afeganistão, Daan Everts.

Em entrevista coletiva, Everts disse que "não são necessárias desesperadamente mais tropas para fazer o trabalho", mas acrescentou que o comandante-em-chefe das forças da Otan no Afeganistão, o general David Richards, "teria mais confiança" se tivesse mais flexibilidade no momento de mobilizar seus efetivos.

Após se reunir com representantes da UE, da ONU e dos países da Aliança com tropas em território afegão para discutir como melhorar a coordenação na reconstrução do país, Everts insistiu na importância de garantir aos afegãos condições de segurança adequadas, além da presença militar.

Assim, referiu-se aos esforços para iniciar um corpo policial, ao mesmo tempo em que se avança no estabelecimento de um sistema judiciário efetivo, e pediu aos aliados e às instituições multilaterais que trabalham no Afeganistão que coloquem tanto ênfase nessa dimensão como na questão militar.

Tanto Everts como o representante especial do secretário-geral da Otan, Chris Alexander, coincidiram em reivindicar maior coordenação a todos os envolvidos na reconstrução do Afeganistão.

O representante da ONU falou também sobre a "encruzilhada" em que o Governo afegão se encontra para implantar o "império da lei", com um corpo policial e instituições judiciais que dêem confiança aos cidadãos.

Alexander também se referiu à renovada intensidade da insurgência talibã e também ao desafio que representa a proliferação do cultivo de ópio, especialmente nas províncias onde há mais violência.

Sobre a violência talibã, Everts interpretou seus crescentes ataques contra objetivos civis como "um sinal de fraqueza" e lamentou que seu único fim seja sabotar qualquer progresso, seja educativo, sanitário ou político.

Neste sentido, o responsável do Banco Mundial para o Afeganistão, Alastair McKechnie, mencionou certos avanços conseguidos pelo Governo afegão no âmbito social, administrativo e educativo.





Fonte: EFE

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