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Internacional
Quinta - 02 de Novembro de 2006 às 17:25

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O Exército Popular de Libertação do Sudão (EPLS) advertiu hoje que haverá uma "guerra aberta" no sul do país se os rebeldes ugandenses do Exército de Resistência do Senhor (ERS) não saírem dessa região.

Piur Agank, porta-voz do EPLS, disse que os rebeldes ugandenses fizeram nos últimos dois dias operações no sul do Sudão, nas quais 70 civis morreram.

Agank acrescentou que o Governo do sul do Sudão, que tem alto grau de autonomia, advertiu a responsáveis do Exército de Resistência do Senhor - que mantém negociações com o Governo ugandense em Juba, capital do sul do Sudão - que, se não respeitarem o cessar-fogo estipulado com o Governo de seu país, terão que enfrentar "uma guerra sem precedentes com o EPLS".

O porta-voz acrescentou que o Exército de Resistência do Senhor negou essas operações contra os civis, mas sustentou que os rebeldes ugandenses atacaram vários veículos civis no sul do Sudão.

Agank acrescentou que seu movimento está estudando se os ataques tiveram a participação de outros grupos, mas não quis mencionar nenhum deles.

O porta-voz da ONU no Sudão, Radia Ashuri, disse que homens armados atacaram no sul do país um microônibus com 33 passageiros a bordo, e que oito pessoas desapareceram depois desse incidente.

Ashuri afirmou que, até o momento, não se sabe a autoria desse ataque.

As conversas de paz entre o Governo ugandense e o Exército de Resistência do Senhor começaram em 14 de julho passado. Em 26 de agosto, as duas partes assinaram um cessar-fogo que entrou em vigor três dias depois, mas que terminou em 19 de setembro.

Desde então, as partes se comprometeram a continuar negociando e buscar novos termos para o fim permanente das hostilidades.

Embora este não tenha se concretizado oficialmente, as facções observavam uma trégua de fato, mas se acusaram mutuamente de violação em várias ocasiões.





Fonte: EFE

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