Indea inspeciona propriedades na região do foco de Newcastle em Lambari D`oeste

Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) começaram hoje a inspecionar cada uma das oito propriedades localizadas na região de Boa União, em Lambari D´oeste, onde foi detectado um foco da doença de Newcastle. Dez galinhas dessas propriedades foram abatidas para exame de laboratório.

O Indea precisa saber se a doença atingiu aves de outros sítios. Por enquanto, o foco foi encontrado em um sítio que cria aves para subsistência. Em um raio de sete quilômetros dessa propriedade, o indea faz o controle de entrada e saída de animais.

A informação sobre o foco da doença de Newcastle detectado em uma propriedade de criação de aves de subsistência no município de Lambari D’Oeste, só tornou pública no final de outubro. A notícia foi divulgada pela imprensa no dia 31 de outubro. A confirmação veio da Coordenação da Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A doença foi constatada pela unidade de Campinas do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), que examinou amostras de animais provenientes da propriedade.

A suspeita da doença foi notificada em 15 de agosto passado. No dia seguinte, uma equipe de veterinários do Indea visitou a propriedade e coletou amostras das aves. O material chegou à unidade de Campinas do Lanagro em 24 de agosto e apresentava reatividade sorológica para doença de Newcastle nas provas de ELISA, que detecta anticorpos no soro das aves.

No último dia 24 de outubro, as amostras foram encaminhadas ao teste para determinação do Índice de Patogenicidade Intracerebral (IPIC). O resultado virológico identificou a presença de vírus da doença de Newcastle com IPIC de 1,7 (um virgula sete). A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considera amostras com IPIC superior a 0,7 como patogênicas.

A propriedade onde ocorreu o foco tinha 46 aves em uma criação de fundo de quintal, ou seja, não era um plantel comercial. Do total, 26 morreram infectadas pela doença e outras 20 foram sacrificadas. Foi estabelecida uma zona de proteção num raio de 3 quilômetros ao redor do foco e, uma área de vigilância num raio de 7 quilômetros. No raio de 10 quilômetros que circunda o foco, não há nenhuma propriedade de criação de aves no sistema de produção industrial.

Os trabalhos de investigação epidemiológica realizados até o momento não identificaram novas propriedades com suspeita de doença de Newcastle. Os trabalhos serão realizados durante 21 dias, que é o tempo de vida útil do vírus. Após esse período uma nova reunião decidirá se novas medidas deverão ser tomadas.