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Internacional
Quinta - 02 de Novembro de 2006 às 12:35

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A Prefeitura de Milão vai impor um imposto sobre veículos a partir de fevereiro de 2007, que variará de acordo com a emissão de substâncias poluentes, para entrar no centro da cidade, informou hoje a imprensa italiana.

O objetivo da Prefeitura é reduzir o tráfego de automóveis e principalmente a poluição que os veículos produzem, o que faz de Milão uma das cidades mais poluídas da Itália.

Os níveis máximos de PM10, uma das partículas poluentes mais perigosas para a saúde, foram superados mais de 150 vezes no ano passado, informou o assessor de trânsito Edoardo Croci.

As autoridades de Milão determinaram que cada veículo terá que comprar um bilhete (como nos estacionamentos públicos) para entrar no centro da cidade. O valor será calculado com base em uma complicada operação, que inclui cinco tipos de veículos, de acordo com os níveis de poluição que emitem.

A cobrança para entrar em Milão será feita nos dias úteis das 7h (3h de Brasília) às 18h (14h de Brasília).

As tarifas serão mais altas para quem poluir mais, e ficam excluídos do imposto todos os carros novos que utilizam os novos combustíveis e o diesel com filtro antipartículas. Segundo os dados antecipados pela Prefeitura de Milão, 55% dos carros em circulação terão que pagar de dois a dez euros por dia.

Para os moradores, a Prefeitura previu a possibilidade de comprarem um bônus anual que variará de 40 a 200 euros, de acordo com o veículo.

Este é o primeiro projeto do tipo na Itália e entrará em vigor em 19 de fevereiro de 2007. Até 14 de outubro, será considerado um projeto experimental, para introduzir mudanças possivelmente necessárias.

A área em que o bilhete será usado tem 60 quilômetros quadrados, 33% de Milão, e onde vivem 774 mil habitantes, 59% do total de residentes da cidade.

Mas, além disso, a cada dia entram em Milão 840 mil pessoas, das quais cerca de 300 mil usam o transporte público e o restante, veículos particulares.

Fontes da Prefeitura de Milão disseram que o controle dos veículos será feito através de sensores já instalados na entrada do centro da cidade.

O dinheiro arrecadado com o imposto será utilizado para melhorar os meios de transporte público e outras intervenções no âmbito da política ambiental.





Fonte: EFE

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