Washington "extremamente preocupado" com prisão do sobrinho de Sadat
"Estamos extremamente preocupados com o fato de que Sadat foi condenado a uma pena de prisão por ter emitido opiniões", declarou um porta-voz do departamento de Estado.
"A chave de uma sociedade democrática é o direito à liberdade de expressão, inclusive o direito de criticar seu governo e o exército", acrescentou o porta-voz.
Sadat, um advogado de 52 anos, foi acusado de ter "espalhado falsos rumores e insultado as Forças Armadas", afirmando que os oficiais egípcios estavam envolvidos no assassinato do presidente Sadat como parte de um complô americano e israelense.
Ele foi condenado a um ano de prisão e preso imediatamente depois do veredicto, na saída do tribunal.
O porta-voz americano observou que as acusações de Sadat aos Estados Unidos eram "escandalosas e claramente falsas". "Mas, em nossa opinião, ele não deveria ter sido julgado por expressar suas opiniões", acrescentou.
Os Estados Unidos enviam uma ajuda financeira e militar de cerca de 2 bilhões por ano ao Egito.
Anuar al-Sadat foi assassinado no dia 6 de outubro de 1981 por islamitas durante um desfile militar organizado para celebrar o aniversário da declaração da guerra de 1973 contra Israel.
Sete organizações egípcias de defesa dos direitos do homem se solidarizaram com Talaat al-Sadat, estimando que sua declaração deveria ser considerada "dentro do quadro da liberdade de expressão garantida pela Constituição egípcia e as convenções internacionais assinadas pelo Egito".
Ele é o único membro da família Sadat que atua na política.
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