Repórter News - reporternews.com.br
Quase 30% perdem virgindade antes dos 15 no Brasil, diz estudo
Quase 30% dos homens brasileiros têm sua primeira experiência sexual antes dos 15 anos de idade, de acordo com o estudo Comportamento Sexual em Contexto: Uma Perspectiva Global, que faz parte de seis trabalhos publicados nesta quarta-feira na revista científica The Lancet.
Dentre os dados relativos a 59 países, o índice brasileiro, de 29,6% dos homens nascidos entre 1965 e 1969, é um dos maiores, ao lado de República Dominicana (29,9%) e Zâmbia (22,6%).
Na maioria dos outros países, a atividade sexual masculina começa mais tarde. Na Grã-Bretanha, por exemplo, esse índice é de 12,5% e na França, 7,2%.
E, no Brasil, a tendência da precocidade é aumentar. Estatísticas indicam que, entre homens nascidos entre 1975 e 1979, pode ter havido um aumento de até 5% no número de jovens que iniciam sua vida sexual antes dos 15 anos de idade.
"Os dados do Brasil são bastante incomuns", disse Emma Slaymaker, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, de Londres, que liderou o estudo. Ela diz que os dados mostram "uma liberdade no país de se falar sobre sua vida sexual", mas, ao mesmo tempo, podem refletir uma tendência de exagero ao se relatar suas próprias atividades nessa área.
A acadêmica acredita que essa precocidade desperta preocupações em relação a questões morais e problemas de saúde.
"O importante é que todo mundo deveria ter o conhecimento e a oportunidade de fazer sexo seguro", evitando a concepção e doenças sexualmente transmissíveis, disse Slaymaker.
Mulheres
Entre as mulheres brasileiras, a porcentagem das que dizem iniciar a vida sexual antes dos 15 anos se mantém estável na faixa etária pesquisada, ficando em torno de 8,8% - praticamente na média dos países onde os dados foram coletados.
Em outras nações latino-americanas, por exemplo, como a Bolívia (9,2%) e a Colômbia (9,7%), esse índice é maior.
Na maioria dos países africanos, uma grande porcentagem de mulheres começa sua vida sexual antes dos 15 anos, como na Nigéria (39,4%). Nos países industrializados, a tendência é contrária, e uma porcentagem pequena, de 3,4% na Suíça e 9,6% na Noruega, por exemplo, têm sua primeira experiência sexual mais cedo.
A média da idade para a primeira relação sexual de homens brasileiros, contudo, é de 16,5 entre homens e 18,5 entre mulheres.
O primeiro casamento dos homens brasileiros ocorre, em média, aos 24 anos, e das mulheres, aos 20 anos.
Novelas
Um outro trabalho divulgado pela The Lancet, relativo a planejamento familiar, diz que, no Brasil, surgiu uma tendência a essa prática sem a intervenção do governo, mas, em grande parte, por influência da popularidade das telenovelas, que retratam a vida em famílias pequenas.
Os pesquisadores consideram o planejamento familiar um importante fator para a redução da pobreza e da mortalidade materna e infantil, fortalecimento da mulher e contribuição para a sustentabilidade do meio ambiente ao estabilizar a população do planeta.
O Brasil é destacado ainda no capítulo que diz respeito à violência contra a mulher, considerado um fator significativo na saúde sexual e reprodutiva.
"Em Brasil, Etiópia, Peru, Samoa e Tanzânia, pelo menos uma em cada cinco mulheres disse ter sofrido violência física grave", com socos, chutes e ataque com algum tipo de arma.
A incidência registrada foi de 1% a 12% entre mulheres com mais de 15 anos e meninas até essa idade, entre 1% e 21%.
"Os casos mais comuns e mais documentados de violência - física, sexual e emocional - são violência doméstica, e sexual, como estupro, coerção e abuso de menores", diz o estudo.
Dentre os dados relativos a 59 países, o índice brasileiro, de 29,6% dos homens nascidos entre 1965 e 1969, é um dos maiores, ao lado de República Dominicana (29,9%) e Zâmbia (22,6%).
Na maioria dos outros países, a atividade sexual masculina começa mais tarde. Na Grã-Bretanha, por exemplo, esse índice é de 12,5% e na França, 7,2%.
E, no Brasil, a tendência da precocidade é aumentar. Estatísticas indicam que, entre homens nascidos entre 1975 e 1979, pode ter havido um aumento de até 5% no número de jovens que iniciam sua vida sexual antes dos 15 anos de idade.
"Os dados do Brasil são bastante incomuns", disse Emma Slaymaker, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, de Londres, que liderou o estudo. Ela diz que os dados mostram "uma liberdade no país de se falar sobre sua vida sexual", mas, ao mesmo tempo, podem refletir uma tendência de exagero ao se relatar suas próprias atividades nessa área.
A acadêmica acredita que essa precocidade desperta preocupações em relação a questões morais e problemas de saúde.
"O importante é que todo mundo deveria ter o conhecimento e a oportunidade de fazer sexo seguro", evitando a concepção e doenças sexualmente transmissíveis, disse Slaymaker.
Mulheres
Entre as mulheres brasileiras, a porcentagem das que dizem iniciar a vida sexual antes dos 15 anos se mantém estável na faixa etária pesquisada, ficando em torno de 8,8% - praticamente na média dos países onde os dados foram coletados.
Em outras nações latino-americanas, por exemplo, como a Bolívia (9,2%) e a Colômbia (9,7%), esse índice é maior.
Na maioria dos países africanos, uma grande porcentagem de mulheres começa sua vida sexual antes dos 15 anos, como na Nigéria (39,4%). Nos países industrializados, a tendência é contrária, e uma porcentagem pequena, de 3,4% na Suíça e 9,6% na Noruega, por exemplo, têm sua primeira experiência sexual mais cedo.
A média da idade para a primeira relação sexual de homens brasileiros, contudo, é de 16,5 entre homens e 18,5 entre mulheres.
O primeiro casamento dos homens brasileiros ocorre, em média, aos 24 anos, e das mulheres, aos 20 anos.
Novelas
Um outro trabalho divulgado pela The Lancet, relativo a planejamento familiar, diz que, no Brasil, surgiu uma tendência a essa prática sem a intervenção do governo, mas, em grande parte, por influência da popularidade das telenovelas, que retratam a vida em famílias pequenas.
Os pesquisadores consideram o planejamento familiar um importante fator para a redução da pobreza e da mortalidade materna e infantil, fortalecimento da mulher e contribuição para a sustentabilidade do meio ambiente ao estabilizar a população do planeta.
O Brasil é destacado ainda no capítulo que diz respeito à violência contra a mulher, considerado um fator significativo na saúde sexual e reprodutiva.
"Em Brasil, Etiópia, Peru, Samoa e Tanzânia, pelo menos uma em cada cinco mulheres disse ter sofrido violência física grave", com socos, chutes e ataque com algum tipo de arma.
A incidência registrada foi de 1% a 12% entre mulheres com mais de 15 anos e meninas até essa idade, entre 1% e 21%.
"Os casos mais comuns e mais documentados de violência - física, sexual e emocional - são violência doméstica, e sexual, como estupro, coerção e abuso de menores", diz o estudo.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/263913/visualizar/
Comentários