Chávez aponta reunião "suspeita" entre militares e opositor
Chávez afirmou que militares informaram que vêm sendo abordados por membros da oposição, mas não revelou o conteúdo desses encontros.
O presidente disse, porém, que o fato de um oficial não ter informado sobre uma reunião com um líder da oposição despertou suas suspeitas.
"Há oficiais que estão transmitindo a notícia, outros não, lamentavelmente", disse o governante na noite de terça-feira num evento com militares, aos quais advertiu para a aproximação de "semanas arriscadas", a um mês das eleições presidenciais.
Chávez acusou em várias ocasiões os Estados Unidos e a oposição de promoverem tentativas de golpes contra si, inclusive o de 2002, que o manteve alguns dias afastados do poder. Agora, o presidente diz que seus adversários tentam desestabilizar a votação de 3 de dezembro, em que Chávez tenta um novo mandato.
"Um dirigente da oposição que vinha dos Estados Unidos foi a outra cidade nas planícies para falar com alguns oficiais. Eu sei onde foi. Estou esperando que esse oficial transmita a notícia. Não transmitiu, o que o torna suspeito", afirmou, sem dar mais detalhes.
Na semana passada, o presidente conclamou as Forças Armadas a se unirem contra uma suposta ingerência norte-americana.
"Continuam mandando cartinhas, mensagens pela Internet, por via telefônica, lançando panfletos nos quartéis, em bases navais. Só a nossa vontade ferrenha impedirá que nos levem à desestabilização à qual pretendem nos levar o Império e seus lacaios aqui", afirmou.
Chávez, que em 1992 tentou chegar ao poder por meio de um golpe militar, ameaçou castigar "com toda a força da lei quem sair das linhas constitucionais".
Segundo a maioria das pesquisas, Chávez tem ampla vantagem sobre seu principal adversário eleitoral, Manuel Rosales, que o presidente qualifica de "candidato do império norte-americano".
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