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Internacional
Quarta - 01 de Novembro de 2006 às 12:29

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O ministro da Defesa russo, Serguei Ivanov, acusou hoje a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de enganar a Rússia quando a organização prometeu não posicionar material militar nos países do Leste Europeu.

"Durante a primeira fase da ampliação, a Otan prometeu que não posicionaria nenhuma infra-estrutura militar no território dos novos países-membros. Fomos enganados", disse Ivanov, que também é vice-primeiro-ministro da Rússia, em entrevista coletiva em Oslo.

Em março de 2004, foi finalizada a adesão ao Tratado de Washington da Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia, que abandonaram o antigo Pacto de Varsóvia por uma aliança militar liderada pelos EUA.

"Seria hipócrita dizer que estamos entusiasmados com a aproximação da Otan a nossas fronteiras. Não entendemos porque suas infra-estruturas estão cada vez mais próximas" das fronteiras russas, disse Ivanov.

Por outro lado, o ministro russo também aproveitou para elogiar o trabalho do conselho de coordenação multilateral Otan-Rússia, criado em 2002 pela declaração de Roma.

"Recentemente, comemoramos o centenário da frota submarina russa.

Um submarino norueguês visitou a principal base do comando do norte, em Severomorsk (no mar de Barents)", disse Ivanov, acrescentando que, "se alguém tivesse sugerido, há 20 anos, que algo assim poderia ser possível, teria sido enviado ao hospício".

Em entrevista na capital norueguesa à rede de televisão "Russia Today", Ivanov também disse que o uso de tecnologia militar russa na construção da usina nuclear iraniana de Bushehr não tem nenhum fim militar.

"Antes de decidir em relação às entregas de armas a um país, sempre examinamos a situação do mesmo e exportamos apenas armas defensivas", disse Ivanov, que considerou o comércio armamentístico com o Irã "insignificante".

Além disso, o ministro russo disse à rede de televisão que a Rússia fornece apenas peças de substituição ao Irã, e minimizou a importância de um contrato de venda de 29 mísseis anti-aéreos de médio alcance TOR-M1, já que "só poderão ser usados defensivamente, não para atacar outras nações".





Fonte: EFE

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