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Nacional
Quarta - 01 de Novembro de 2006 às 12:15

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O maior desafio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu segundo mandato será "evitar o 'suave fracasso' do Brasil", de acordo com editorial do jornal Financial Times. "Lula da Silva precisa agora reduzir o gasto público e relaxar restrições que limitam a capacidade do Brasil de atrair investimentos e minam sua habilidade de crescer."

Sem reformas, "o Brasil vai continuar a ficar atrás de seus competidores", segundo o jornal, que usa a expressão "suave fracasso", cunhada pelo ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero.

"As condições para os negócios precisam ser facilitadas e o ambiente regulador mais previsível. O Brasil precisa simplificar seu complicado regime fiscal e implementar regras que reduzam a onerosa carga enfrentada pelos pequenos negócios", diz o Financial Times.

Diplomacia O editor-geral do jornal argentino Clarín, Ricardo Kirschbaum, diz em sua carta ao leitor que "depois do triunfo de Lula, a força da liderança regional do Brasil cresceu e deve ter efeitos no resto do continente".

"Em primeiro lugar, é possível que se busque articular um sistema que trate de romper com uma dicotomia política na América do Sul entre os países do Atlântico (Argentina, Brasil, Venezuela) e do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e Equador)", diz Kirschbaum.

Segundo o editor, o estreitamento das relações com os países andinos tende a "amparar mais a Bolívia e melhorar o diálogo com outras nações que se propõem, com o presidente peruano Alan García como seu maior porta-voz, a ser uma alternativa ao presidente venezuelano Hugo Chávez".

Ele afirma que a vitória de Lula pode causar certas mudanças "na influência de Chávez em países como a Bolívia e na aberta inimizade do venezuelano com outros, como o Peru e, em menor escala, o Chile".

Força O jornal Ta Kung Pão, de Hong Kong, também repercute o resultado da eleição brasileira, dizendo que "até certo ponto, a reeleição de Lula reflete a futura direção da América Latina".

"Tento experimentado a instabilidade social e a crise econômica do século passado, os países latino-americanos não seguem mais cegamente o modelo de países desenvolvidos", diz o jornal, um dos mais antigos da China e alinhado com o Partido Comunista chinês.

"Ao invés disso, eles estão trabalhando em direção de modelos de desenvolvimento que se encaixam a suas realidades locais."

O jornal diz ainda que "a América Latina vai se tornar uma importante força na globalização, e terá um status mais proeminente nos assuntos internacionais".





Fonte: BBC Brasil

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