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Internacional
Quarta - 01 de Novembro de 2006 às 07:07

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, iniciou uma missão diplomática secreta na Síria para evitar o apoio do país aos grupos radicais do Oriente Médio, informaram hoje fontes jornalísticas britânicas e sírias.

Numa iniciativa que dificilmente será bem recebida em Washington, Blair enviou esta semana a Damasco o seu principal assessor em política externa, Nigel Sheinwald. Ele se reuniria com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e outras autoridades, segundo o jornal "Financial Times". O jornal econômico acrescenta que o Governo sírio confirmou a reunião de Sheinwald com Assad na segunda-feira. Mas fontes jornalísticas de Damasco, mesmo admitindo o encontro, garantem que não há confirmação oficial.

O Reino Unido e a Síria mantêm relações diplomáticas. Mas a visita do assessor britânico é a iniciativa de diálogo mais importante entre os dois países desde a Guerra do Iraque, em 2003, lembra o "FT". Blair pretende visitar a região ainda este ano.

Fontes de Downing Street (residência oficial do primeiro-ministro), citadas pelo "FT", insistiram que a visita não marca uma mudança na estratégia britânica.

O jornal ressalta que os Estados Unidos e o Reino Unido acreditam que Assad apóia grupos insurgentes no Iraque e se intromete no Líbano, algo que a Síria nega. Mas Blair espera descobrir se o regime sírio quer desempenhar um trabalho construtivo nas negociações de paz no Oriente Médio, acrescenta.

Blair, segundo o "FT", chegou a ter esperanças em Assad, que estudou no Reino Unido. Mas a Síria acabou se mostrando um aliado pouco provável para os objetivos britânicos no Oriente Médio.

O jornal ressalta que a posição britânica contrasta com a dos EUA, que retiraram o seu embaixador de Damasco no ano passado. Mas um comitê do Congresso americano, liderado pelo ex-secretário de Estado James Baker, pode recomendar um contato com a Síria para discutir o futuro do Iraque.

Nos últimos meses, Assad tem renovado seus pedidos para um reatamento das negociações de paz com Israel sobre a devolução das Colinas de Golã, que os israelenses ocuparam na guerra de 1967, observa o "Financial Times".





Fonte: EFE

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