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Sub-relator aponta para risco de ´sepultar´ CPI
BRASÍLIA - Encarregado das apurações sobre o envolvimento de servidores do governo com o esquema da máfia das ambulâncias, o sub-relator da CPI dos Sanguessugas, deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) protestou nesta terça-feira, 31, contra o boicote que estaria sendo imposto a seu trabalho.
Segundo ele, a CPI "sepultou" essa parte da investigação, ao manter engavetados, desde setembro, os pedidos de convocação de 29 pessoas e a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de 40 supostos implicados na fraude. Redecker disse que preparou esses requerimentos tendo como base o cruzamento da aquisição de ambulâncias superfaturadas com os responsáveis pelo aval dessas transações.
"Estamos diante de um caso raro de obstrução da Justiça no Congresso", acusou, na primeira reunião da comissão depois do segundo turno das eleições. "O risco hoje é o de sepultar esta CPI viva."
Poupados Entre os nomes que acredita terem sido poupados pela comissão estão o de Antonio Alves de Souza, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde Humberto Costa, os dos subsecretários de Planejamento, Orçamento e Administração dos ministérios da Saúde e da Educação, respectivamente, Ariovaldo Bonfim Rosendo e José Henrique Paim Fernandes, e o do coordenador-geral de execução orçamentária do Fundo Nacional de Saúde, Erasmo Ferreira da Silva.
O presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), rechaçou as palavras do sub-relator. Biscaia disse que os requerimentos não foram votados por falta de quorum. "O que não é responsabilidade desta presidência e nem dos senhores aqui presentes", defendeu.
O boicote, segundo Júlio Redecker, resultou numa CPI atípica, com a prerrogativa de apontar em agosto 72 parlamentares implicados na fraude - 69 deputados e três senadores - e de preservar o governo, ao se omitir na investigação de seus servidores. "Dizer que é possível restringir os fatos ao envolvimento de parlamentares é a mesma coisa de dizer que o filho nasceu só com a atuação de um dos cônjuges", ironizou.
"É claro que houve um casamento de interesse para que surgisse a corrupção". O sub-relator disse que, sem a votação dos requerimentos, acha difícil concluir seu trabalho até o encerramento das atividades da CPI, dia 22 de dezembro. "Simplesmente porque não temos elementos", explicou.
Ele disse que, com o seu protesto, quer dividir a responsabilidade com todo o plenário. "Não sou eu que não quero terminar a apuração, quem não está querendo são os membros da comissão", afirmou.
Segundo ele, a CPI "sepultou" essa parte da investigação, ao manter engavetados, desde setembro, os pedidos de convocação de 29 pessoas e a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de 40 supostos implicados na fraude. Redecker disse que preparou esses requerimentos tendo como base o cruzamento da aquisição de ambulâncias superfaturadas com os responsáveis pelo aval dessas transações.
"Estamos diante de um caso raro de obstrução da Justiça no Congresso", acusou, na primeira reunião da comissão depois do segundo turno das eleições. "O risco hoje é o de sepultar esta CPI viva."
Poupados Entre os nomes que acredita terem sido poupados pela comissão estão o de Antonio Alves de Souza, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde Humberto Costa, os dos subsecretários de Planejamento, Orçamento e Administração dos ministérios da Saúde e da Educação, respectivamente, Ariovaldo Bonfim Rosendo e José Henrique Paim Fernandes, e o do coordenador-geral de execução orçamentária do Fundo Nacional de Saúde, Erasmo Ferreira da Silva.
O presidente da comissão, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), rechaçou as palavras do sub-relator. Biscaia disse que os requerimentos não foram votados por falta de quorum. "O que não é responsabilidade desta presidência e nem dos senhores aqui presentes", defendeu.
O boicote, segundo Júlio Redecker, resultou numa CPI atípica, com a prerrogativa de apontar em agosto 72 parlamentares implicados na fraude - 69 deputados e três senadores - e de preservar o governo, ao se omitir na investigação de seus servidores. "Dizer que é possível restringir os fatos ao envolvimento de parlamentares é a mesma coisa de dizer que o filho nasceu só com a atuação de um dos cônjuges", ironizou.
"É claro que houve um casamento de interesse para que surgisse a corrupção". O sub-relator disse que, sem a votação dos requerimentos, acha difícil concluir seu trabalho até o encerramento das atividades da CPI, dia 22 de dezembro. "Simplesmente porque não temos elementos", explicou.
Ele disse que, com o seu protesto, quer dividir a responsabilidade com todo o plenário. "Não sou eu que não quero terminar a apuração, quem não está querendo são os membros da comissão", afirmou.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/264056/visualizar/
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