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Internacional
Terça - 31 de Outubro de 2006 às 14:34

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O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, disse nesta segunda-feira que os insurgentes no Iraque aumentaram os ataques no país para influenciar os resultados das eleições de 7 de novembro nos Estados Unidos.

"Quer seja a Al-Qaeda ou outros elementos que estão ativos no Iraque, eles estão apostando na premissa de que podem dobrar o povo americano", disse Cheney à Fox News na segunda-feira, de acordo com a agência de notícias Reuters.

Cheney sugeriu que a Al-Qaeda e outros grupos insurgentes estão acompanhando as tendências da opinião pública americana pela internet.

"Acredito que eles são muito sensíveis ao fato de que nós temos uma eleição marcada e eles podem acessar websites como qualquer um", afirmou.

"Não há nada que esteja na internet que não seja acessível a eles. Eles estão nela o tempo todo. Eles são usuários muito sofisticados (da internet)." "Guerra da informação"

No dia 7 de novembro, os americanos irão às urnas para eleger um terço do Senado, toda a Câmara dos Representantes e governadores, e, segundo pesquisas, o Iraque é o temas que mais preocupa o eleitorado.

Uma pesquisa feita pelo jornal New York Times e pela rede de TV americana CBS, indicou que somente 7% das pessoas colocaram o assunto como o mais importante na hora de escolher os seus candidatos, sendo que 27% citaram a Guerra do Iraque.

O presidente George W. Bush vem sofrendo duras críticas sobre a situação da segurança no Iraque, onde mais de cem soldados americanos foram mortos apenas no mês de outubro.

O correspondente da BBC em Washington James Westhead disse que o assunto Iraque está dominando a última semana de campanha para as eleições de novembro e que os republicanos temem perder o controle sobre uma ou até as duas casas do Congresso.

Para tentar uma reviravolta na guerra da propaganda às vésperas das eleições, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou uma nova unidade para promover melhor sua mensagem em veículos de comunicação que divulgam notícias 24 horas por dia.

O Pentágono disse que a iniciativa vai estimular sua habilidade para combater notícias "imprecisas" e explorar novos veículos de comunicação.

O secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, disse em fevereiro que os Estados Unidos estão perdendo a guerra da propaganda para os seus inimigos.

Segundo Rumsfeld, grupos como a Al-Qaeda estão usando novas formas de comunicação muito mais eficazes do que a do seu próprio departamento. Os militares precisam se adaptar a mudanças na mídia global, disse o secretário da Defesa americano.

A nova unidade deverá monitorar mídias como blogs e também lançará mão de políticos importantes ou lobistas que poderão ser entrevistados por programas de rádio e televisão.

O assessor de imprensa do Pentágono, Eric Ruff, negou, contudo, que a iniciativa de criar a unidade foi motivada pela erosão do apoio da opinião pública americana à guerra no Iraque e nem pelas eleições nos Estados Unidos na próxima semana.

Os Estados Unidos mantém, no momento, 150 mil soldados no Iraque - sua maior concentração militar naquele país desde o começo do ano.





Fonte: BBC Brasil

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